Polícia

Arrependimento? Defesa revela o que pensam envolvidos em morte no Corredor da Vitória

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Envolvidos em morte no Corredor da Vitória estão presos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo/Redes sociais
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 03/04/2024, às 15h47


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Os envolvidos na morte de Willys Santos da Conceição, de 27 anos, estão arrependidos. É o que diz o advogado de três dos quatro que imobilizaram e agrediram a vítima. Entrevistado no JusNews Podcast, da BNews TV, na terça-feira (2), ele comentou sobre o que passa na cabeça dos suspeitos, que estão, atualmente, presos.

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"Eles falam em arrependimento, mas eles falam de arrependimento porque estavam com outras pessoas. Essas pessoas resolveram ir de Uber e eles foram andando. Hoje, eles falam 'era melhor ter deixado [Willys] levar o cordão e a gente ia para casa e comprava outro, porque aí não tinha se perdido uma vida e a gente não estaria nesse problema'", diz o advogado Vinícius Dantas.

Questionado sobre o fato de moradores, além do próprio Willys, terem gritado que o quarteto iria matá-lo, o advogado admitiu a situação, mas esclareceu que os suspeitos continuaram a imobilizá-lo para que nada de "pior" acontecesse.

"Houve, sim, uma pessoa dizendo 'vocês vão matar ele', só que meus clientes responderam 'se a gente soltar ele, ele que vai matar a gente, então nos ajude, desça para nos ajudar a segurar ele, para não ter algo pior'", revelou.

Ainda para Dantas, a Justiça julgou o caso "de forma prematura", visto que decidiram pela prisão dos quatro envolvidos no crime. "Longe de mim tecer críticas à Justiça, mas é necessário entender que ainda não se tinha visto os vídeos, ainda não tinha acesso aos elementos necessários para concretizar o entendimento do que aconteceu. Pegaram os rapazes e disseram 'vocês estão matando, então vamos prender'. A versão deles só veio à tona depois que foram ouvidos. Passaram de vítimas a algozes, quando, na verdade, a intenção deles era apenas se defenderem".

Dantas ainda declarou que, para ele, os envolvidos "nem deveriam estar presos", já que nenhum deles possui passagem pela polícia e "não geram nenhum perigo estando soltos". Ele defendeu, no entanto, que a prisão fosse substituída por medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica e algumas restrições.

O advogado ainda afirmou que acha "injusto" o fato de seus clientes ainda estarem presos. "Eu entendo que eles permanecerem presos é muito injunto (...) Toda vida é valiosa, agora colocar pessoas atrás das grades, que apenas se defenderam, é demais, mesmo tendo uma vida que se foi", opinou.

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