Polícia

Associação de Peritos Criminais esclarece que Ricardo Molina não pode ser identificado como tal; entenda

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Ricardo Molina é acusado de agredir uma mulher e foi flagrado urinando em cima de uma Bíblia  |   Bnews - Divulgação Reprodução // RecordTV
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 22/04/2023, às 14h01


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A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) enviou nota ao BNews informando que Ricardo Molina, 71 anos, que se autointitula perito criminal, não pode ser identificado como tal.

Reconhecido nacionalmente nacionalmente pelos trabalhos na área de fonética forense, entre eles os casos PC Farias e Eldorado dos Carajás - ambos ocorridos em 1996 e que chocaram o país, Molina virou alvo da polícia de São Paulo por agredir e ameaçar a ex-companheira. No mesmo contexto, vazou um vídeo de Molina urinando em cima de uma Bíblia.

Diante dos fatos recentes, a APCF esclareceu que "o sr. Ricardo Molina não é um perito criminal" e explicou o motivo. "Perícia criminal é atividade típica de Estado, regida pelo Lei 12.030/09, sendo os peritos e peritas criminais, em nível federal ou estadual, servidores públicos concursados submetidos aos impedimentos e rigor científico, puníveis pela legislação vigente, dotados de isenção e imparcialidade. Profissionais privados, como é o caso do sr. Ricardo Molina, não se submetem aos mesmos rigores dessa legislação, estando livres de qualquer imputabilidade em caso de eventuais equívocos ou quando agem sob um claro viés de confirmação", consta na nota.

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A Associação, inclusive, ressaltou que já havia notificado molina, antes dos acontecimentos recentes, para que parasse de se apresentar como perito criminal: "Em 2018, inclusive, a APCF enviou ao sr. Ricardo Molina uma notificação extrajudicial para que ele parasse de se apresentar como perito criminal, uma vez que a designação correta da atividade dele é a de “assistente técnico" especializado em fonética, que atua contratado pelas partes do processo para anuir e tentar provar a suas teses".

A nota enviada ao BNews é assinada por Willy Hauffe, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).

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