Polícia

Baleado vai parar em prisão de Feira por crime que não cometeu a quase 2 mil km de distância

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A vítima foi baleada em Serrinha e preso em Feira, onde buscou atendimento médico  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SSP-BA

Publicado em 07/07/2023, às 09h24   Nilson Marinho


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Um jovem de 24 anos foi erroneamente preso em Feira de Santana, no centro-norte do estado, e ficou detido por seis dias devido a uma confusão de nomes com um suspeito de homicídio no estado do Pará. O ajudante de pedreiro Denilson Pereira Santos estava custodiado desde 29 de junho no Conjunto Penal de Feira.

O advogado do jovem informou ao site Acorda Cidade, que o cliente foi preso por engano após se envolver em uma briga e ser baleado em Serrinha, no nordeste baiano, onde mora.

Após ser ferido, o Denilson foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira, onde agentes policiais acionaram o Serviço de Inteligência e constataram a existência de um mandado de prisão contra uma pessoa com o mesmo nome e apelido do pedreiro, no estado do Pará.

Devido à coincidência de nome, o jovem permaneceu detido em Feira de Santana até 4 de julho. O advogado dele disse, também em entrevista ao Acorda Cidade, que o Ministério Público manifestou-se favoravelmente à petição e a juíza revogou a prisão.

O jovem não tinha antecedentes criminais e, agora, a defesa dele estuda entrar com uma ação contra o estado para buscar uma indenização devido aos problemas causados pela prisão.

Prisão

Um caso similar também aconteceu recentemente no centro norte baiano. Túlio de Jesus Silva, de 25 anos, foi absolvido após passar um ano e nove meses na prisão por acusações de homicídio qualificado e roubo em Pintadas. Ele foi acusado de invadir um bar junto com um parceiro não identificado para cometer um assalto em agosto de 2021. Durante o crime, a gerente do estabelecimento foi morta, e um cliente teve seu celular, relógio e R$ 50 roubados.

O jovem foi preso 24 horas após o ocorrido. Segundo a defesa, os policiais militares foram até a casa de Túlio com a alegação de que ele seria levado para prestar esclarecimentos em uma delegacia. O julgamento aconteceu mais de um ano e meio depois, na cidade vizinha de Ipirá. Durante a sessão, os advogados apresentaram um vídeo de uma câmera de segurança em que o jovem é visto andando de bicicleta em um local distante ao latrocínio. Além disso, eles obtiveram as roupas que o jovem usava na ocasião.

Segundo os laudos da investigação da Defensoria Pública, mesmo se Túlio tivesse mudado de direção e seguido rumo ao bar, levaria cerca de 12 minutos para chegar ao local, após a ocorrência do assalto e do homicídio.

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