Polícia

Caso Brennand: Delegadas são suspeitas de favorecer empresário durante investigações

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Uma das delegadas inclusive já responde a uma ação que tramita em segredo no Tribunal de Justiça de São Paulo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 27/04/2023, às 07h36


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Após atuarem nos casos envolvendo Thiago Brennand, duas delegadas são investigadas por suspeita de terem favorecido o empresário. O empresário foi preso na semana passada sob acusações de crimes como estupro, sequestro e tortura. Em resumo, ambas entraram no radar de processos administrativos na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo (PC-SP). 

Do mesmo modo, uma delegada envolvida já responde por uma ação em trâmite sigiloso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo.

No caso da delegada Nuris Pegoretti, de Porto Feliz (SP), ela atuou nas investigações relacionadas a uma atriz que indica ter sido mantida em cárcere privado na casa do empresário em um condomínio de luxo na cidade do interior paulista, em agosto de 2021. 

Ainda conforme a publicação, ela sofreu agressões no local, além de ter um vídeo íntimo divulgado sem a autorização da vítima. Além disso, ela foi obrigada a tatuar na costela as iniciais do nome de Thiago Brennand. Em junho do ano passado, o relatório final do inquérito foi concluído. 

Na oportunidade, a delegada Pegoretti sugeriu o arquivamento do caso e a instauração de uma nova investigação, nesse caso contra a mulher que acusava Brennand, por crime de denunciação caluniosa. 

No geral, a delegada entendeu que a mulher que acusou Brennand "tem conduta recorrente no sentido de acusar seus namorados e affairs de toda sorte de impropérios, sobretudo de crimes sexuais".

A respeito do empresário, a delegada evidenciou que ele é um “indivíduo sem antecedentes”, mas, que apesar de manter “vasta coleção de armas de fogo de toda sorte de calibres”, não “respondeu a um só processo na vida contendo uso de arma de fogo”.

No mais, Pegoretti reforçou que Brennand é um “indivíduo de porte agigantado” e “faixa preta de jiu jitsu há mais de duas décadas”. Contudo, “não se encontrou qualquer registro de violência relevante em sua vida”.

Por fim, testemunhas escutadas pelo O Globo, apontam que a manifestação da delegada em seu relatório é diferente dos anteriores produzidos por ela. Dessa forma, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) moveu ação contra ela, em dezembro do ano passado, para que a investigação sobre o possível crime de corrupção durante a condução do caso seja finalizada. 

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