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Caso Record TV: Ex-cabo da PM alega ter sido vítima do 'esquema do Pix'

Reprodução/Record TV Itapoan
Até o momento, 15 casos de possíveis vítimas do esquema do pix estão sendo investigados  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Record TV Itapoan

Publicado em 29/03/2023, às 16h18 - Atualizado às 16h54   Cadastrado por Sanny Santana


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O ex-cabo da Polícia Militar Antonio Paulo Hohenfeld alega ser uma das vítimas do 'esquema do Pix' realizado durante o programa Balanço Geral, da Record TV Itapoan. O ex-PM alegou que procurou a equipe da emissora, em novembro de 2022, para pedir ajuda após ser despejado do local onde morava com o filho deficiente. As informações são do portal A Tarde.

O homem é pai de Arthur de Jesus, que tem dermatite atópica crônica e síndrome de Hiper-IgE, que causam feridas graves na pele e em órgãos. Na época, com oito anos, o menino apareceu na televisão no colo do pai, em frente ao Clube de Sargentos da Bahia, no Chame-Chame, onde ambos estavam vivendo e foram despejados.

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Sem ter um lugar para ficar com o garoto, no mesmo dia, fez contato com uma equipe de reportagem do veículo de comunicação. O homem, em condições precárias, havia sido demitido da Polícia Militar em 1994, após participar de um movimento grevista.

De acordo com a denúncia, o objetivo era conseguir uma ajuda financeira para a moradia e custeio do tratamento do filho, que fez procedimentos médicos e usa medicação utilizando abscessos em regiões como a dos olhos.  

Durante a reportagem, Hohenfeld foi informado de que um número de Pix da empresa seria colocado no ar para as pessoas que desejassem ajudá-los. Sem conhecer o número, ele não foi informado de que mais tarde receberia algum documento de prestação de contas da campanha.

"Levei duas horas e meia de reportagem, explicando a situação do meu filho. Ao invés de colocar o meu Pix, o repórter colocou o Pix que seria da emissora", declarou o ex-PM.

Ele ainda informou que já prestou depoimento na Delegacia da Mouraria e diz que espera "o ressarciemento de todas as doações feitas pelos telespectadores e pelos colegas policiais para o tratamento de meu filho".

Ainda ao portal, Hohenfeld explicou que após a realização da transmissão ao vivo, recebeu da reportagem da Record TV Itapoan o valor de R$ 15.671,53, em transferência feita através de Pix. Ele foi informado de que o valor foi o total conseguido até às 16 horas e 45 minutos do mesmo dia da gravação da reportagem, que foi ao ar das 12h às 14h45. 

"O Pix foi apresentado na chamada da matéria, enquanto eu chorava, pedia uma solução para a minha questão, em especial para o meu filho. E colegas [policiais] ficaram comovidos com a situação, fizeram doações. Um e outro ainda falaram da transferência de R$ 3 mil, R$ 2 mil. Então achei estranho o valor final, sem a apresentação de nenhum comprovante das transações que foram feitas até aquele momento", disse o pai ao site.

Depois que a reportagem foi concluída, Hohenfeld alega que o repórter, junto com os outros membros da equipe, entraram no carro e foram embora sem qualquer explicação sobre forma de prestação de contas das doações que estavam sendo recebidas através Pix.

Hohenfeld alega ter feito o relato do caso para o delegado Charles Leão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), em Nazaré, no último dia 17.

O BNews entrou em contato com a Polícia Civil para detalhes sobre o caso e, com a resposta da corporação, a matéria será atualizada.

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