Polícia

Caso de tortura: Saiba por que delegado não pediu prisão de patrões

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Apesar da existência de vídeos e imagens, detenção de empresário e sobrinho depende de provas legais perante a lei  |   Bnews - Divulgação Montagem/BNews

Publicado em 01/09/2022, às 11h19   Pedro Moraes


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Responsável por investigar o crime de tortura contra dois trabalhadores em um estabelecimento comercial, situado em Salvador, o delegado William Achan garantiu que a prisão dos patrões das vítimas está impossibilitada pela ausência de pressupostos, no decorrer das investigações. Agredidos a pauladas, onde um deles teve a mão queimada, os jovens foram punidos por um suposto furto de R$ 30 da empresa. As vítimas negam a realização do crime.

“Ainda não existem elementos legais, somente os vídeos e ferimentos. Quando digo elementos, me refiro aos pressupostos do artigo 312 do processo penal que elenca para fazer a realização da prisão preventiva. Como ainda não estão destacados esses pressupostos, então não tem como eu passar por cima da lei e fazer o pedido, porque os acusados compareceram, o primeiro compareceu espontaneamente e prestou depoimento. O segundo também. Eles devolveram os pertences da vítima e, em momento nenhum, criaram obstáculos na investigação policial. Eles não estão intimidando testemunhas, destruindo provas, não tem antecedentes, tem residência fixa, tem trabalho”, explicou o delegado responsável pelo caso.

Em contrapartida à ausência do pedido formal de prisão do empresário Alexandre Carvalho Santos e do seu sobrinho, Diógenes Santos, que atuava como gerente do comércio de roupas, Achan revelou os passos mais atuais da polícia e as projeções seguintes do departamento. 

“Pedi imagens da rua onde o fato aconteceu, mandou intimar uma pessoa que está envolvida na viralização dos vídeos. se tudo correr bem, talvez na primeira quinzena de setembro, eu já consiga encaminhar os dois inquéritos para o MP fazer a denúncia e depois o juiz fazer a marcação de audiência para instrução”, detalhou o delegado.

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