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De dentro do presídio: Saiba o que Averaldinho ordenava e o que traficantes faziam em Salvador

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Traficantes continuavam comercializando drogas e matando rivais mesmo com tornozeleira  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SSP-BA

Publicado em 22/05/2024, às 13h02   Maycol Douglas e Sanny Santana



Nem mesmo as grades do Complexo Penitenciário da Mata Escura foram suficientes para impedir que Averaldo Ferreira da Silva Filho, conhecido como Averaldinho, desse ordens para o tráfico de drogas. 

Apontado com a grande liderança do tráfico da região do Calabar, em Salvador, Averaldinho está entre os alvos da operação Hégira, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22), justamente pela suspeita de que estaria dando ordens para seus "soldados" de dentro do presídio.

Segundo Alexandre Galvão, delegado da Polícia Civil e coordenador de combate à corrupção e lavagem de dinheiro (Draco), uma investigação de dois anos fez os policiais descobrirem o esquema dos líderes que davam ordens de dentro.

"Aquelas pessoas que estavam dentro do sistema prisional determinavam e comandavam, não apenas a mercância de entorpecentes, mas também execução de rivais. Durante 22 meses de uma investigação baseada em inteligência, em coleta de dados, conseguimos obter essas informações, o que subsidiou a expedição dos mandados de prisão pela Justiça", explicou.

Ainda conforme o delegado, foi verificado que haviam bandidos com tornozeleira eletrônica ou que estavam em liberdade, mas continuavam a particar crimes de tráfico de drogas.

"Nós prendemos alguns deles. Foram flagrantes, traficando, mesmo usando tornozeleira. Obviamente, tivemos alguns eventos em que as pessoas que foram postas em liberdade com tornozeleira romperam a tornozeleira e encontram-se hoje foragidas", explicou.

O contato entre os traficantes se dava através de telefone e celular, além de visitas. "Foram recolhidas nas buscas, levadas a cabo no dia de hoje, dentro do sistema prisional, bilhetes. E esses bilhetes comprovam que algumas das visitas poderiam estar também vinculadas ao tráfico de entorpecentes", explicou.

Ainda conforme o policial, o grupo alvo atuou fortemente no circuito Ondina, Barra, Calabar, Ladeira da Barra e Campo Grande. A operação também teve desdobramentos no bairro do 2 de Julho, no Centro de Salvador.

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