Polícia

Delegado afirma que Cariani e sócios sabiam de desvios: “há participação de todos eles”

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Empresa de influencer Renato Cariani foi alvo de busca e apreensão de policiais federais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 13/12/2023, às 06h37



O delegado da Polícia Federal, Fabrizio Galli, afirmou na terça-feira (12) em entrevista ao canal GloboNews que o influenciador fitness Renato Cariani e seus sócios tinham "conhecimento pleno" do desvio de produtos químicos para a produção de crack.

. "Os sócios tinham conhecimento pleno do desvio de produtos químicos. Há diversas informações bem robustas nas investigações que determinam a participação de todos eles de maneira consciente. Não há uma 'cegueira deliberada' em relação a outros funcionários. Eles tinham conhecimento daquilo que estava acontecendo dentro da empresa”, declarou Galli.

De acordo com o delegado, a droga produzida seria distribuída para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Cariani foi notificado hoje das investigações, e deve se apresentar à PF para prestar esclarecimentos. "Todos os envolvidos e que sofreram busca e apreensão hoje serão ouvidos na PF. O material apreendido será analisado, e vamos solicitar as próximas medidas ao Judiciário assim que tivermos as informações feitas", disse o delegado.

Pouco antes, Renato Cariani se posicionou nas redes sociais após ser alvo de busca e apreensão e afirmou não ter ciência de nada. "Para mim, para a minha sócia e para todas as pessoas, foi uma surpresa", afirmou Cariani em um vídeo publicado no Instagram.

Entenda a operação

De acordo com a Polícia Federal, o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando "laranjas" para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais.

A Anidrol, empresa do que Renato Cariani é sócio, foi alvo de busca e apreensão de policiais federais. A indústria farmacêutica é sediada em Diadema, na região metropolitana de São Paulo.

O Ministério Público pediu a prisão de Renato Cariani, mas a Justiça negou.

No total, foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa. São aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo, segundo a PF.

Classificação Indicativa: Livre

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