Polícia
Durante coletiva de imprensa concedida nesta terça-feira (26) para dar detalhes sobre a Operação Patrocínio Indigno, desdobramento da Operação El Patrón, que tem como um dos investigados o deputado estadual Binho Galinha (Patriota), o delegado da Polícia Federal, Geraldo Ameida, comentou sobre as prisões realizadas e os mandados de busca e apreensão.
Um dos presos é um policial militar que já estava detido em face da El Patrón, em 2023. Contra ele foi expedido um novo mandado de prisão. O titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (Delepat) afirmou que não é possível mensurar os prejuízos que as destruições das provas causaram à El Patrón. Segundo ele, trata-se de uma milícia com atuação de agentes públicos, ou seja, o estado leiloado ao crime organizado.
Geraldo não deu detalhes a respeito da relação entre o advogado preso, o policial militar e o deputado Binho Galinha, mas garantiu que o jurista agiu para beneficiar um dos investigados da operação.
Ainda de acordo com o delegado, o advogado foi preso em sua casa na cidade de Feira de Santana. Além disso, houve mandados de busca e apreensão no seu escritório. O delegado pontuou que todos os trâmites foram acompanhados por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Essa obstrução às investigações gera uma pena máxima de 8 anos de reclusão, conhecida por embaraço de organização criminosa para beneficiar uma milícia com a participação de agentes públicos.
O Auditor-fiscal da Receita Federal, Ricardo Machado, detalhou que os crimes imputados a esse grupo criminoso são sonegação tributária e lavagem de dinheiro com movimentações incompatíveis e aquisição de imóveis.
Sobre a operação Patrocínio Indigno
Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), os outros dois alvos da 'Operação Patrocínio Indigno' são um investigado que já estava preso no município de Serrinha e uma mulher, esposa do detento, que cumprirá prisão em meio domiciliar por ser mãe de criança menor de 11 anos. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos envolvidos, no escritório de advocacia localizado em Feira de Santana e numa cela do Conjunto Penal de Serrinha.
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