Desconfiada do 'golpe do cheiro', mulher foge de carro em meio à Avenida Contorno

Uma mulher diz ter sofrido uma tentativa de sequestro, na quinta-feira (14), durante uma viagem com um parceiro da Uber, em Salvador. A usuária do aplicativo alega que precisou sair às pressas do carro, na Avenida Contorno, após desconfiar que o motorista tentava aplicar o “golpe do cheiro”, estratégia de dopagem de passageiras.

Durante o trajeto para o seu trabalho, ela afirma que passou mal após o condutor do carro ligar o ar condicionado e subir os vidros das janelas. A passageira diz ainda que avisou ao motorista sobre o mal estar e que pediu para que as janelas fossem abertas. Pedidos que teriam sido negados.

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Ao aproveitar que o carro parou na sinaleira, ao lado da entrada do Museu de Arte Moderna (MAM), ela fugiu, momento em que teria sido agarrada pelo braço. O caso foi registrado na 1ª Delegacia Territorial dos Barris, de acordo com a Polícia Civil.

Outra versão

O motorista concedeu entrevista na manhã desta sexta (15), à TV Record Itapoan, e negou as acusações. De acordo com a versão dele, a passageira, que estava na companhia do namorado, solicitou duas paradas, uma nos Barris, e outra no Comércio. Durante o caminho até os destinos, ele afirma que não trocou nenhuma palavra com a mulher, e que fechou a janela porque estava chovendo.

Ele confirma que a mulher começou a passar mal, mas que não abriu as janelas por conta chuva. O motorista diz também que, em um determinado momento, a mulher ligou para alguém para comunicar o mal estar e que, em seguida, desceu do veículo em direção ao bairro 2 de Julho.

A foto do homem foi compartilhada em grupos de WhatsApp com as acusações no mesmo dia. Ele diz que foi expulso da plataforma e que teve sua imagem manchada.

A Uber, por sua vez, comunicou que, no Brasil, há registro de apenas dois casos de "golpe do cheiro”, um em Canoas, no Rio Grande do Sul, e outro no Rio. Ainda de acordo com a empresa, as autoridades pediram o arquivamento de ambos os casos já que, de acordo com as investigações, não houve elementos que sustentassem as acusações da prática do crime.