Polícia

Dono de clínica de idosos sem alvará de funcionamento é preso por maus-tratos e cárcere privado

Divulgação/MP-RJ
A clínica de idosos estava com a regularização em andamento, conforme alegado pelo proprietário  |   Bnews - Divulgação Divulgação/MP-RJ

Publicado em 11/07/2023, às 07h01   Cadastrado por Pedro Moraes


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Uma clínica de idosos e de reabilitação, situada na cidade de Nova Iguaçu (RJ), teve as portas fechadas nesta segunda-feira (10). A decisão partiu da Promotoria carioca. Como resultado, cerca de 96 pessoas foram retiradas do local.

Proprietário do estabelecimento, Edmilson Messias Ribeiro Júnior parou na cadeia por maus-tratos e cárcere privado. Interrogado pela Polícia Civil, o gestor admitiu que sua empresa não possui alvará de funcionamento de órgãos públicos. 

Como justificativa, ele alegou que está em “processo de regularização” na prefeitura e no Corpo de Bombeiros. Na última visita da Vigilância Sanitária, o Centro de Tratamento Ribeiro recebeu sinal de apto para funcionamento. A detenção de Ribeiro compreende um número ainda maior: mais de 100 pacientes. 

A sugestão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) é de que a clínica deveria estar fechada há anos. Essa situação não aconteceu, ainda conforme o órgão, segundo divulgado pelo g1, já que a instituição mudou de nome. A versão é negada pelo dono que, em depoimento, relatou que houve fundação de uma nova instituição. 

Segundo ele, a Casa de Repouso Caetana Greco, localizada em Seropédica, na Baixada Fluminense, sofreu um incêndio criminoso e precisou ser fechada após decisão judicial. As investigações apontaram que o Centro de Tratamento Ribeiro estava sujo e com fezes espalhadas nos banheiros.

Contestação

Sobre os maus-tratos, o proprietário Edmilson Ribeiro enfatizou que, quando a promotora chegou, ocorria a troca de turno. Além disso, ele ressaltou que alguns pacientes faziam as necessidades fisiológicas na própria roupa.

Dependentes químicos, idosos e deficientes físicos ficavam juntos, e não havia nenhum tipo de separação, ainda conforme a publicação. O valor cobrado pela clínica variava de R$ 1 mil a R$ 2 mil pela internação de cada paciente.

Os usuários do local passaram pelo IML e foram levados para um espaço indicado pela Secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu.




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