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LEM: Operação da PF envolve suspeitas de crimes em torno da desistência da candidatura de Aldo Dourado

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Suspeita é de que candidato tenha recebido R$ 200 para desistir do pleito e beneficiar oposição  |   Bnews - Divulgação Divulgação/TSE

Publicado em 26/11/2020, às 12h10   Redação BNews


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A operação da Polícia Federal nos municípios de Luís Eduardo Magalhães e João Dourado, ambos no oeste baiano, na manhã desta quinta-feira (26), envolve polêmicas e suspeitas de crimes em torno da desistência da candidatura a vice-prefeito de Aldo Dourado (PL), que compunha chapa encabeçada pelo candidato derrotado Comandante Rangel (PL).

Em documento sigiloso expedido pelo delegado federal Philipe Suriano do Santos, que o BNews teve acesso com exclusividade nesta manhã, é solicitada ao juízo da 205ª Zona Eleitoral a expedição de mandados de busca e apreensão domiciliar em nome de quatro investigados por suspeitas de crimes no pleito municipal deste ano, entre eles o candidato a vice, que não foi localizado.

Em 7 de novembro, Aldo procedeu com a renúncia da candidatura e, desde esse dia, ele não foi mais visto em Luís Eduardo Magalhães. Ao BNews, uma fonte que preferiu não se identificar, disse que a suspeita é de que ele esteja na cidade de João Dourado, no Oeste do estado.

No município, conversas de bastidores ventilam que Aldo vendeu a candidatura por R$ 200 a um candidato da oposição, com a intenção de tirar o Comandante Rangel da disputa eleitoral. A partir daí, com as suspeitas de fraude eleitoral, em 12 de novembro tiveram início as investigações da Operação Desertor, da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta (26).

Foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão em nome de Gilberto Mascarenhas Dias, Alan George Duarte de Oliveira, Antônio Fernandes Balieiro, conhecido como Toinho Mineiro, e o ex-candidato a vice Aldo Dourado.

Além da busca e apreensão, o delegado federal solicitou a quebra de sigilo dos dados telefônicos dos quatro investigados, pedindo às empresas de telefonia que forneçam, também, dados cadastrais dos quatro investigados, como CPF, CNPJ, IMEI, bem como extrato de contas até seis meses anteriores ao corrente mês.

Por fim, o delegado solicitou a manifestação do Ministério Público Federal, além do compartilhamento de todo o material probatório da investigação com outros procedimentos policiais, sendo mantido o sigilo dos dados.

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