Empresário acusado de racismo e assédio contra amiga de 'A Dama' passará por audiência nesta quinta (28); saiba detalhes

Um caso de assédio e racismo exposto por Alannah Sarah, mais conhecida como A Dama do Pagode, veio à público em maio deste ano. A cantora usou as redes sociais para expor o empresário Josiel Alves, que enviava mensagens assediando uma amiga da artista. Nesta quinta-feira (28), o acusado passará por uma audiência criminal.

Ao BNews, A Dama contou que o suspeito tentou flertar com sua amiga mas, ao não ter retorno na paquera, proveriu ofensas racistas e homofóbicas. “A minha amiga sofreu na mão dele. Ele queria sair com ela, mas como ela disse que não queria sair com ele, ele começou a ofender ela. Chamou ela de macaca, de várias coisas. Foi homofobico também, dizendo que ela era sapatona, desfazendo da orientação sexual dela”, contou a cantora.

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Em 26 de maio, dois dias após a exposição do caso, Josiel foi preso por outro crime. O acusado foi conduzido para a Polinter (Polícia Interestadual) por um mandado de prisão em aberto por falta de pagamento da pensão alimentícia concedida ao seu filho. Ele cumpriu e foi liberado.

Mas, nesta quinta-feira (28), ele deverá enfrentar a audiência criminal do caso de assédio e racismo contra cinco mulheres. Em contato com o BNews, o advogado Bruno Moura, que representa as vítimas, incluindo a amiga de 'A Dama', afirmou que o caso é "extremamente delicado" e que Josiel comete os mesmos crimes desde 2019. 

"Esse rapaz chama pessoas através do Instagram e do WhatsApp para encontros íntimos e, quando recebe a recusa, o mesmo começa a ofender essas pessoas chamando de vagabunda, dizendo que essas pessoas não merecem valor, que são obrigadas a sair com ele. Ele passa a ideia de que possui dinheiro e que, por isso, as pessoas têm a obrigação de ir a encontros íntimos com ele", disse o advogado.

Ainda segundo Bruno, a intenção da audiência desta quinta-feira é que Josiel Alves tenha a prisão preventiva decretada.

"Por hora, ele ainda não foi preso por isso, mas sabemos que a partir da publicização dos relatos da acusação, e também do poder do BNews, foi visto pelo judiciário que havia um mandado de prisão em aberto. Com isso, o mesmo foi segregado de sua liberdade", disse.

Todas as vítimas de Josiel que expuseram os crimes estão sob medida protetiva. Segundo Bruno, após a exposição do caso, cerca de 30 mulheres o procuraram para relatar os mesmos crimes. Porém, apenas cinco prosseguiram.

"Elas estão sendo acompanhadas desde o início de todos os trâmites legais e estão preparadas pra essa audiência. É a primeira audiência criminal onde buscaremos, junto ao Ministério Público, órgão acusador, a edificação de todos os crimes através da denúncia. A partir dela, acumulando todas as penas, que seja decretada a prisão preventiva do acusado", explicou.

Por fim, Bruno Moura afirmou que ele e as vítimas estão confiantes com a audiência.

"O nosso ordenamento jurídico permite que dessa sentença venha um recurso. Porém, nós enquanto operadores de direito, nós enquanto sociedade e eu como advogado das vítimas, irei até o fim. Lutarei até o fim pela decretação da prisão do acusado. Afinal de contas, todas as atitudes dele são tipificadas de acordo com a nossa legislação e nós enquanto sociedade não aceitamos mais que pessoas como Josiel cometam crimes e nada seja feito", finalizou o advogado.