Polícia

Estudante brasileira é encontrada morta na Bolívia e família pede investigação; entenda

Foto/Arquivo Pessoal
O corpo de Mariana Sousa foi encontrado na segunda (7), e a mãe da jovem se encontra desesperada por falta de informações  |   Bnews - Divulgação Foto/Arquivo Pessoal

Publicado em 11/11/2022, às 16h08   Cadastrado por José Ivan Neto


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Mariana Sousa Bustamante, 21 anos, foi encontrada morta na Bolívia, país onde faz faculdade, após cair do apartamento em que morava, no 6° andar de um prédio. Ela estava terminando o terceiro ano do curso de Medicina na universidade Unifranz, em Cochabamba.

O corpo da brasileira, que residia em São Paulo, foi encontrado nesta segunda-feira (7), no pátio do condomínio. Segundo relatos da família ao portal g1, Mariana morava em um apartamento com outros dois estudantes brasileiros. Na noite de domingo (6), ela teria sido deixada sozinha pelos dois colegas - uma mulher e um homem - que teriam saído para uma festa.

A dupla, ao retornar para o apartamento, por volta de 2h50 da manhã de segunda (7), encontraram a sacada do apartamento aberta e o corpo de Mariana no pátio. 

Juliane Sousa, mãe da vítima, informou que a colega ligou imediatamente para a família da estudante e foi orientada a pedir socorro. Mesmo com a ajuda dos paramédicos, Mariana não resistiu. 

Ainda em entrevista ao portal, a mãe de Mariana contou que inicialmente apenas ela e a amiga dividiam o apartamento e, um mês antes da morte, um terceiro estudante passou a integrar a república. 

“Após a chegada dele, Mariana começou a narrar que a relação das duas piorou. E inclusive dizia que iria voltar para o Brasil. Na noite da morte, os dois chegaram a ser presos pela polícia, porque a morte foi registrada como crime suspeito. Mas eles foram libertados horas depois, após a polícia verificar as imagens do prédio e conferir os álibis da festa”, contou.

O sentimento da mãe da jovem é de agonia. Para realizar a transferência do corpo da filha para o Brasil, ela prestou depoimento no Departamento de Polícia de Cochabamba, mas não obteve acesso ao Boletim de Ocorrência para entender o que de fato aconteceu naquela madrugada.

"Na delegacia, não fui informada de nada. Apenas que se tratava de uma investigação de suspeita de homicídio. Soube que o colega de apartamento dela apresentava supostamente sinais de embriaguez e uso de drogas naquela madrugada, assim como a menina do Acre que também foi presa e teria bebido. Os dois estão em [prisão] domiciliar e proibidos de deixar a Bolívia por seis meses. Mas eu quero saber se houve alguma briga, alguma coisa naquela noite que pudesse ter levado alguém a matar a minha filha”, declarou Juliane.

Nesta quarta-feira (9), de acordo com o g1, a família de Mariana contratou um advogado criminalista boliviano para poder ter acesso ao inquérito policial a fim de entender o que está sendo investigado pelas autoridades de Cochabamba.

“Tudo está muito nebuloso. Não falo espanhol e, portanto, não tive o apoio necessário da embaixada para me acompanhar à Polícia no depoimento. No IML, encontrei o estudante que morava com a Mariana. Ele tinha marcas suspeitas no rosto. Nosso advogado até questionou porque ele foi liberado da prisão sem que isso fosse esclarecido como aconteceu. É urgente que a gente tenha respostas”, desabafou a mãe de Mariana.

O corpo da estudante chegou ao Brasil na tarde desta quinta-feira (10) e deverá ser velado e sepultado nesta sexta-feira (11), no Cemitério Parque Hortolândia, em Hortolândia, interior de São Paulo.

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