Polícia

Estudo aponta que 104 mortes foram evitadas graças às câmeras nas fardas de policiais

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O estudo mostra que 104 mortes foram evitadas nos primeiros 14 meses de introdução das câmeras  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PM

Publicado em 06/12/2022, às 17h29   Camila Vieira


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Cinco estados do Brasil adotaram o uso de câmeras no fardamento da polícia. Uma pesquisa divulgada recentemente mostra que o número de mortos diminuiu, ao menos em São Paulo, por conta da adoção dos equipamentos. O estudo mostra que 104 mortes foram evitadas nos primeiros 14 meses de introdução das câmeras, considerando apenas a região metropolitana da capital. O número de casos em que ações da polícia resultaram em lesões corporais também teve queda de 63%. Com as câmeras, o total de apreensão de armas cresceu 24%.

Dados indicam que uso das câmeras nas fardas dos PMs vem contribuindo para a segurança dos policiais e da população em geral. As câmeras corporais são acopladas às fardas e gravam as atividades policiais. As imagens são transmitidas em tempo real para uma central, permitindo acompanhamento das ações, além de armazenadas em nuvem, no sistema da Axon. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, “todas as abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público” são registradas automaticamente.

A adoção de câmeras nos uniformes de policiais militares foi anunciada pelo governo de São Paulo em abril de 2019. À época, o então governador João Doria (então no PSDB) apresentou a iniciativa, que inicialmente seria testada em 120 fardas de um único batalhão, no âmbito do programa Olho Vivo. O experimento não era inédito no País e já vinha sendo implementado em Santa Catarina.

A implementação ocorreu em agosto de 2020, com 585 equipamentos, em vez dos 120 anunciados inicialmente. Posteriormente, o programa se estendeu e hoje faz parte da rotina de 179 unidades policiais, em 66 dos 134 batalhões da PM, com mais de 10 mil câmeras corporais em uso.

Após o teste inicial, no momento de ampliação do programa, entre o fim de 2020 e o início de 2021, a gestão Doria abriu licitação internacional e fechou contrato de 30 meses com a empresa Axon para operação e gestão do sistema, prevendo custo mensal de R$ 1,2 milhão.

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