PF desmonta esquema de tráfico internacional de drogas envolvendo funcionários do Porto de Salvador

Membros de uma organização criminosa, responsável pelo tráfico internacional de drogas, viraram alvo na manhã desta sexta-feira (1°) de uma operação da Polícia Federal. Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana.

Durante as investigações, foi descoberto que funcionários do Porto da capital baiana eram cooptados por membros da organização para facilitar a entrada e o envio de cocaína para o velho continente. As drogas chegavam nos países europeus dentro de contêineres.

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“Desde o começo das investigações, iniciadas em setembro de 2019, em conjunto com a Receita Federal, foram realizadas seis apreensões de cocaína no Brasil e no exterior, totalizando cerca de 3,5 toneladas da droga, precisamente 3.591 quilos”, informou o órgão em nota enviada à imprensa.

Agentes também miram pessoas nas cidades de Sorocaba, Salto, Santos e São Vicente, ambas no interior de São Paulo. Nove investigados tiveram suas contas bancárias bloqueadas durante a ação. Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes.

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Tarja preta

Em março deste ano, uma operação denominada “Tarja Preta” apertou o cerco contra pessoas suspeitas de integrarem uma facção criminosa responsável por cometer "crimes graves", como descreveu o própria PF.

Em Salvador, policiais federais chegaram nas primeiras horas da manhã do dia 23 em um flat de luxo localizado no bairro de Armação, orla da cidade. Da residência, agentes sairam carregando maletas com possíveis provas dos crimes.

A PF diz que a facção é responsável por crimes como homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação também se estendeu para outros estados. Além da Bahia, agentes cumprem mandados em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina.

Durante a ação, dois homens apontados como lideranças da facção criminosa conhecida como Bonde do Maluco (BDM) foram presos. Além das prisões dos dois, 43 contas foram bloqueadas pela Justiça, além da apreensão de duas armas e uma quantidade de dinheiro.