Polícia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, não poupou críticas à Operação Lava-Jato e ao ex-juiz Sergio Moro (UB). Em entrevista ao programa Roda Viva, na noite da última segunda-feira (8), ele disse que a eleição Jair Bolsonaro teve interferência direta da operação.
“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”, disparou.
Ainda segundo Mendes, as acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eram combinadas entre a acusação. O ministro do STF ainda condenou a atuação de Moro na condução da Lava Jato.
“Moro vaza a delação de Palocci entre o primeiro e o segundo turno de 2018. Participa, portanto, do processo. Assume posição a favor da extrema direita”, disse.
Ainda durante a entrevista, Mendes comentou sobre a sua decisão que não permitiu a posse de Lula como ministro da Casa Civil na época. O ministro justificou que, naquele momento, tinha convicção de que havia um desvio de finalidade na nomeação.
“Se o ex-presidente, agora presidente, estava nomeada para a Casa Civil, por que não se deu posse? Por que se escondeu? Se tivesse problema, ou viesse uma ordem de prisão, mostrasse que já estava nomeado ministro. Por que foi escondido? Tudo isso ficou numa névoa e confusão”, justificou.
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