Polícia

Golpista se passa por médico em hospital público de Salvador para cobrar por exames de pacientes

Divulgação/Sesab
O suposto médico pediu para que uma das vítimas desembolsasse R$ 2,6 mil para exames de urgência  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Sesab

Publicado em 16/12/2022, às 07h48   Camila Vieira


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Um golpista que se apresenta com o nome de um médico de Salvador, um suposto chefe da UTI da unidade, tem abordado pacientes, no Hospital Ana Nery, e cobrado por exames e procedimentos médicos. Uma das vítimas foi o chefe de cozinha Miguel dos Santos, 50 anos, filho de Crispiniano dos Santos, 86, que está internado na unidade. Segundo Miguel, o suposto profissional de saúde pediu para que desembolsasse R$ 2,6 mil para exames de urgência, sob alegação de que os procedimentos eram fundamentais para a sobrevivência de Cripiniano. O nome e a foto que o golpista usa para falar com os familiares dos pacientes é de um cardiologista da capital baiana que também é vítima do crime.

O chefe de cozinha conta que recebeu essa ligação de São Sebastião do Passé, onde mora, e não suspeitou de golpe. De acordo com ele, o suposto médico deu todas informações certas do pai. Miguel afirma que pelo menos duas outras pessoas com parentes internados na UTI da unidade foram acionadas pelo golpista. Uma caiu no golpe e transferiu R$ 3 mil, outra não. Nos dois casos, porém, o suspeito passou informações condizentes com estado de saúde do paciente.

Resposta do hospital – Ao se posicionar, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), responsável pela administração da unidade, que a cobrança por exames não é prática do hospital que é uma instituição pública. "Nenhum colaborador que atua na Unidade tem autorização para fazer qualquer tipo de solicitação de pagamento para realização de procedimentos, exames ou consultas", escreve por meio de nota. A Sesab diz ainda que no hospital não existe a cobrança por exames em clínicas parceiras. "Estamos intensificando a divulgação de tais informações nos murais digitais do Hospital, bem como nos principais pontos de atendimento ao público (Recepção, UTI, Serviço Social e Ouvidoria), por meio da distribuição de panfletos aos familiares de pacientes", declara a secretaria.

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