Polícia

Grupos criminosos usam redes sociais para tráfico de animais silvestres

Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA)
Grupos foram acompanhados por reportagem investigativa de veiculo  |   Bnews - Divulgação Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA)

Publicado em 18/06/2023, às 14h06 - Atualizado às 14h06   Osvaldo Barreto


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Grupos criminosos têm utilizado plataformas como Facebook e Whatsapp para realizarem tráfico de de animais silvestres ameaçados de extinção. Reportagem do Metrópoles flagrou a ação desses grupos, que negociam macacos-pregos, araras-azuis e saguis, além de documentos que prometem forjar a legalização de animais.

Durante dois meseses, o veículo esteve em contato com um homem que anunciava macacos-pregos em valores entre R$4 mil R$6 mil. O homem explicou que a venda dos animais ocorrem sobe demanda. Segundo ele, o fornecedor disse que deveria ter um macaco-prego para vender em cerca de 15 dias, sendo necessário o pagamento de um "sinal" de 50% do valor. 

Além do macaco-prego, o homem ofereceu documento, que, segundo ele, falsificaria a origem a regularizaria o animal capturado na natureza. A falsificação sairia por mais R$ 1,7 mil.

Em julho do ano passado, o Facebook foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 10,1 milhões devido à venda ilegal de animais silvestres na plataforma.

De acordo com um auto de infração, traficantes usaram a rede social para vender ao menos 2.227 espécimes da fauna silvestre nativa sem a devida licença.

Dados fornecidos pelo Ibama do Sistema de Gestão dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (SisCetas) mostram que 191.615 animais provenientes de operações de apreensões foram recebidos pelo sistema só nos últimos quatro anos. Os dados foram contabilizados até o dia 15 de maio de 2023.

Classificação Indicativa: Livre

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