Polícia

Jovem vítima de 'bala perdida' demorou a ser socorrida e taxista negou ajuda, diz moradora

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A jovem teria sido baleada na Avenida Garibaldi enquanto voltava para casa  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 13/07/2023, às 08h29   Nilson Marinho


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A jovem de 23 anos que foi baleada e morta durante uma troca de tiros na noite desta quarta-feira (12), nas proximidades da Praça Lord Cochrane, na Avenida Anita Garibaldi, em Salvador, ficou ferida e caída no chão por um longo período antes de ser levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde uma equipe médica constatou sua morte. Uma moradora que prestou socorro a Camila Silva dos Santos diz que pessoas que passavam pela avenida não pararam para socorrê-la.

Foi a mulher que, na companhia do marido e de um amigo, correu em direção à jovem para prestar auxílio. Ela diz que pediu ajuda a um taxista para levar Camila ao hospital, mas o homem teria se recusado. A Polícia Civil diz que no momento em que a vítima foi alvejada acontecia uma troca de tiros entre criminosos.

"Foram muitos tiros, a gente começou a escutar os primeiros [tiros] lá de casa, depois, ouvimos gritos de socorro e ajuda. Desci com meu marido e amigo, pedimos socorro a um carro que passou, um táxi, mas o motorista disse que se ela morresse no veículo seria problema. Um rapaz, que mora aqui, veio com o carro e deu socorro a ela. Meu marido carregou Camila com meu amigo, colocou no carro e levou para o HGE”, disse a moradora sem se identificar em entrevista à Record TV Itapoan.

“Ela não estava consciente, estava muito mole, parecia que o tiro estava 'abotoado', muito pouco sangue, foi no peito o tiro, pelo o que eu identifiquei. Tinha um tempo que ela estava no chão e ninguém deu socorro", completou.

Um tio de Camila lamentou a morte da familiar em entrevista à TV Bahia. Ele também preferiu não revelar a identidade. “Uma menina super legal, educada e muito querida dentro da sociedade, estudava para dar um nome à família. Somos pessoas pobres, sabemos o que é sofrimento e o que é labutar para estar em vida. Uma tragédia que espero ter punição, pessoas que fazem isso não tem sentimento”, disse.

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