Polícia

Justiça baiana mira suspeito de fornecer armas ao Comando Vermelho e PCC

Reprodução / Investigação internacional
O suspeito de contrabandear o armamento movimentou R$ 1,2 bilhão e traficou mais de 43 mil armas  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Investigação internacional
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

[email protected]

Publicado em 05/12/2023, às 07h27


FacebookTwitterWhatsApp

Uma operação, conduzida pela Justiça da Bahia, foi deflagrada nesta terça-feira (5), tendo como principal alvo um homem suspeito de fornecer armas para as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), no Brasil.

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp. 

A ação foi realizada pela Polícia Federal, que cumpriu 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos no Brasil, Estados Unidos e Paraguai, onde estaria o principal alvo, identificado como Diego Hernan Dirísio.

Conforme a investigação, o argentino é dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, e considerado o maior contrabandista de armas da América do Sul. Dirísio teria movimentado R$ 1,2 bilhão na negociação de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

De acordo com a Justiça, depois de comprar dos países europeus, as armas eram vendidas aos grupos criminosos em São Paulo e no Rio de Janeiro. No esquema, seriam utilizados doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.

Além disso, é investigado também corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema.

Início da investigação
A investigação iniciou há três anos, após apreensão de armas e munições no interior da Bahia. O armamento estava com a numeração raspada, mas foi rastreado por meio de perícia. Em cooperação internacional, a Justiça baiana solicitou inclusão dos suspeitos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, sejam extraditados para o Brasil.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp