Polícia

Justiça mantém pena de 152 anos a Marcola por assassinato de detentos no Carandiru

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Segundo desembargadores, Marcola era integrante do PCC e foi um dos sete mandantes dos crimes  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 01/11/2023, às 06h53


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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) manteve a condenação de 152 anos de prisão imposta a Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, pela morte de oito detentos da antiga Casa de Detenção, no Carandiru, em São Paulo, em fevereiro de 2001. As informações são do Uol.

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Marcola foi acusado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual de ser o mandante dos crimes e de chefiar o Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com as investigações, ele deu a ordem para os assassinatos porque as vítimas integravam a facção rival Seita Satânica.

A defesa do condenado entrou na Justiça com revisão criminal, pedindo a desconstituição do título condenatório, alegando que não há comprovação de que ele integrasse o PCC à época dos fatos, não podendo assim vinculá-lo aos crimes e muito menos apontá-lo como mandante.

Os oito desembargadores e o relator do 1º Grupo de Direito Criminal do TJ-SP entenderam, com base em depoimentos de presos, policiais e funcionários do sistema prisional, que Marcola era sim integrante do PCC e foi um dos sete mandantes.

Segundo os desembargadores, Marcola e os outros seis acusados, todos também condenados pelo Tribunal do Júri, mandaram assassinar as vítimas isoladamente, em datas separadas, para não revelar que a matança se tratava de uma ação da facção criminosa.

De acordo com a decisão publicada semana passada, os desembargadores ressaltaram que os crimes foram praticados por motivo torpe (sentimento de vingança), por recurso que impossibilitou a defesa das vítimas (superioridade numérica dos agressores) e meio cruel (impuseram sofrimento demasiado aos rivais).

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