Justiça

"Meu filho é honesto e não precisa sentir inveja", desabafa mãe de entregador humilhado

Reprodução/Facebook
Trabalhador foi humilhado por um homem em um condomínio de luxo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Facebook

Publicado em 07/08/2020, às 18h04   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Maria Pires, mãe do entregador que foi humilhado por um homem em um condomínio de luxo, na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, fez um desabafo nas redes sociais sobre o episódio de agressão sofrido pelo filho.

Em uma publicação no Facebook, a mulher diz que o filho é trabalhador e que não precisa ter inveja de ninguém por conta da situação financeira da família.

Mateus Abreu Almeida Prado Couto foi detido após as agressões. Ele chamou o entregador de semianalfabeto e apontou para a sua pele: "Você tem inveja disso", disse.

“Vamos deixar esse escroto de camisa azul famoso pois ele foi racista com um entregador que estava apenas fazendo seu trabalho. Esse ser xingou e humilhou um trabalhador se achando melhor que ele por morar em um condomínio de luxo. Pois saiba que ninguém é melhor do que ninguém por ser rico ou ser branco. Como é de família rica, isso vai acabar no esquecimento como sempre acontece, então, por isso, resolvi postar o vídeo (...) o entregador é meu filho, honesto e não precisa sentir ou ter inveja de um escroto com esse. O mesmo tendo dinheiro para comprar tudo o que quiser, jamais comprará a educação e o respeito pois isso vem de berço e dinheiro não compra jamais”, escreveu a mãe. 

Leia também: "Ele cuspiu em mim e me chamou de lixo", relata com exclusividade ao BNews, entregador vítima de racismo em SP

O agressor já teve um processo por falsa comunicação de roubo arquivado na Justiça por ser portador de esquizofrenia. Em março de 2019, ele prestou uma queixa alegando que seu carro tinha sido roubado.

Cinco dias depois, o pai foi até à delegacia pedir para retirar a denúncia já que o veículo estava em uma funilaria. Após o episódio, o promotor Denis Henrique Silva, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pediu o arquivamento do caso.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp