Polícia

Líder quilombola assassinada estava em programa de proteção à testemunha

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O assassinato da líder quilombola aconteceu na noite desta quinta-feira (17)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube BNewsTV

Publicado em 18/08/2023, às 09h42 - Atualizado às 09h42   Pedro Moraes


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O Quilombo Pitanga dos Palmares perdeu, na noite desta quinta-feira (17), a líder Maria Bernadete Pacífico. Suspeitos armados invadiram a sede da comunidade e assassinaram a tiros a ialorixá e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Antes, eles teriam feito familiares da vítima reféns. 

O crime aconteceu após uma série de ameaças, o que poderia ter sido evitado em caso de atitude coletiva de órgãos responsáveis, segundo o advogado da família. Em entrevista ao programa Se7e da Matina, exibido pela BNews TV, o advogado de Bernadete, David Mendez, detalhou o caso.

“Tanto o poder público municipal, como estadual, como federal, são coparticipados por omissão porque todos estavam cientes dos riscos que dona Bernadete corria pelas lutas diárias que ela vem travando em prol da comunidade Pitanga dos Palmares. Inclusive, dona Bernadete era assistida por um programa de proteção à testemunha do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (...) [Já chegou a ser ameaçada] várias vezes”, declarou. 

O assassinato da líder quilombola dá sequência a outra situação ocorrida há cerca de seis anos. No dia 19 de setembro de 2017, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, também morreu executado por diversos tiros.

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