Polícia

"Mãe dedicada e profissional insubstituível", dizem amigos de fisioterapeuta morta em Salvador

Montagem BNews
A fisioterapeuta estava na laje da casa da mãe quando foi atingida por uma bala  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews

Publicado em 03/01/2022, às 14h37   Nilson Marinho


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A fisioterapeuta Valéria Maria Cardoso dos Santos Teles, de 37 anos, morta no sábado (1º), após de ter sido baleada na cabeça, no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio de Salvador, é lembrada pelas colegas de trabalho como uma profissional "insubstituível" e uma mãe "dedicada".

Valéria foi morta nos primeiros minutos de 2022, depois que traficantes do bairro soltaram uma rajada de tiros em comemoração à chegada de um novo ano. A vítima estava na laje da casa da mãe quando foi atingida. 

Lamento

A dona da clínica de fisioterapia em que Valéria trabalhava há seis anos diz que é difícil acreditar na morte da colaboradora. Ela foi lembrada como uma excelente profissional.

“Isso [violência] precisa acabar, parar, as pessoas de bem estão indo embora, estão indo embora dentro de suas casas. Estamos sentindo uma dor sem propósito. Valéria vai ser insubstituível . Dói, a dor não passa, a dor dessa mãe nunca vai passar, a dor da filha nunca vai passar. É difícil acreditar que isso vai ser resolvido. A única coisa que resta é fazer barulho, quero implorar que não esqueçam da gente. Era uma menina, uma profissional inacreditável. Ela não merecia isso”, comentou Brisa Gutierrez, em entrevista à Record Itapoan, nesta segunda-feira (3).

“Estávamos juntas o tempo todo, aqui e fora da clínica, uma mãe maravilhosa, dedicada e uma esposa muito boa. Sem palavras. As pessoas estão muito comovidas com tudo o que aconteceu, da forma que aconteceu. É inacreditável. Ainda estamos nos reconstruindo”, completou a colega de trabalho, a também fisioterapeuta Evelin Fontes.

Morte

A fisioterapeuta estava com a família na porta de casa, na Rua Golan, em uma confraternização. Minutos antes da virada do ano, ela resolveu subir até à laje da residência para pegar algumas taças. A intenção era brindar com os entes durante a queima de fogos.

Os familiares encontraram a vítima caída no chão, ao lado de um vaso quebrado, e com um sangramento na cabeça. A princípio, eles acreditaram que ela havia sofrido uma queda. Médicos deram um laudo diferente após a vítima ser socorrida e encaminhada para o Hospital do Subúrbio. O corpo de Valéria foi sepultado na tarde do domingo (2), no Cemitério Bosque da Paz. Ela deixou uma filha de oito anos.

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