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Mulher suspeita de envenenar mãe e filho fingiu gravidez para ex-namorados

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Polícia divulgou print de conversa entre Amanda e um ex-namorado  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal e Reprodução

Publicado em 29/12/2023, às 20h49   Redação


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A advogada Amanda Partata, indiciada por matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados em Goiânia, teria fingido gravidez para pelo menos seis ex-namorados.
Depoimentos de ex-companheiros foram colhidos pela Delegacia de Homicídios. A informação foi confirmada pelo delegado à frente da investigação, Carlos Alfama.

Polícia divulgou print de conversa entre Amanda e um ex-namorado. Nas mensagens, ela conta que está grávida a um homem com quem se relacionava. Diz ainda que faria um teste para comprovar a paternidade do suposto filho. "A gente faz 100 [testes de] DNA se você quiser", disse.

Os ex-companheiros declararam que ela forjava testes positivos de gravidez para constrangê-los de alguma forma. Advogada comprou veneno pela internet
A Polícia Civil de Goiás anunciou hoje que encerrou a investigação do caso. Em entrevista coletiva, o órgão disse ter encontrado a nota fiscal da compra do veneno com o nome e endereço da mulher.

Amanda Partata comprou veneno pela internet usando o próprio nome e endereço. Ela pediu a entrega em Itumbiara, a cerca de 200 km da capital goiana. Como não estava na cidade, ela pediu a um motorista de aplicativo que levasse a caixa até ela, em Goiânia.

Vídeos obtidos pela investigação mostram mulher recebendo e abrindo o pacote. A nota fiscal mostra que a substância adquirida é a mesma encontrada no corpo das vítimas.

Polícia disse acreditar que ela cometeu o crime para afetar o ex-namorado. Em conversas com ele no WhatsApp, ela perguntou qual era o maior medo dele, e concluiu que era de perder a família.

Amanda fingia estar grávida para se manter em contato com a família do ex-namorado. A Polícia disse ter encontrado dois testes de gravidez negativos, um de agosto e outro de dezembro, e concluiu que ela forjou toda a história.

Ela chegou a fazer um chá de revelação do gênero do suposto filho, e convidou a própria família e a do ex. Na casa dela, em um condomínio de alto padrão, os investigadores também encontraram roupas e outros objetos de bebê.

Suspeita pareceu fria e não demonstrou arrependimento, disseram os policiais. Ela entrou com um pedido de soltura, mas a Justiça de Goiás negou. "A Polícia Civil espera que a prisão seja mantida. É uma pessoa perigosa", afirmou um dos investigadores em entrevista coletiva.

Rejeição e fim do relacionamento
A advogada é apontada pela Polícia Civil como a responsável por envenenar o ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86. Ela teria se sentido rejeitada após o filho de Leonardo terminar a relação, que teria durado cerca de dois meses.

Amanda Partata está presa e será indiciada por dois homicídios qualificados por motivo torpe e envenenamento, além da tentativa de homicídio do pai do ex-sogro. Ele recusou o bolo envenenado por ser diabético.

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