Polícia

Pai de lutador morto culpa PM e desabafa: "Perdeu a luta para os canalhas"

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O pai do lutador morto, Valneci Ferreira, negou troca de tiros com bandidos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 29/12/2021, às 19h41   Redação BNews


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"Nunca perdeu uma luta. Perdeu agora uma luta, me desculpe as palavras, para os canalhas”. O desabafo é do pai do lutador Vítor Reis de Amorim, morto com um tiro em um bar em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A família responsabiliza policiais militares pela morte do jovem de 19 anos; a corporação nega e diz que Vítor foi atingido durante confronto com bandidos. "O policial agora, o ano novo dele vai ser o melhor possível. Com filho dele do lado. E o meu? A minha mulher está lá em casa a base de remédio. Tudo o que eu queria era meu filho aqui, isso eu já sei que é impossível. Então agora eu vou até o final”, disse Vanelci Ferreira à TV Globo.

Os familiares da vítima afirmam que os policiais chegaram, na terça-feira (28), no bar localizado no Morro da Jaqueira, atirando. “Não teve troca de tiros. Eles chegaram e deram tiro, claro. A polícia. Chegaram. É claro. Quem escutou tiro vai correr. Até eu se estiver na rua. Dar um cheiro nas costas. De fuzil. E mais, pior de tudo, minha esposa foi lá porque na hora estava trabalhando e eles ainda humilharam minha esposa. Bateram na minha esposa. Empurraram minha esposa".

Vítor foi levado para o pronto-socorro de São Gonçalo já sem vida, pelos próprios policiais militares. Vanelci diz que, ao chegar na unidade, os agentes ocultaram que o rapaz estava morto.

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PM alega confronto

A PM diz que policiais faziam patrulhamento quando foram atacados, e houve confronto. “Os policiais informaram que de fato foram atacados. A gente teve ali um confronto segundo relato dessa ocorrência. Houve uma fuga dos marginais que atacaram os policiais. Logo após foram encontrados ali ao solo a pistola e também o jovem morto”, disse o major Ivan Blaz.

Segundo ele, os policiais não souberam dizer se atiraram contra o jovem.

A Polícia Civil informou que a 73ª DP (Neves) investiga o caso e que as armas dos policiais militares já foram recolhidas para análise. Disse ainda que os familiares do jovem serão ouvidos e que os agentes fazem buscas por testemunhas que ajudem a esclarecer o caso.

Já a Polícia Militar disse que a Corregedoria da corporação vai investigar o caso.

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