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Operação da Polícia Civil desarticula quadrilha que extorquia mulheres com promessa de carreira de modelo

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Quadrilha chantageava vítimas com vídeos e fotos íntimas  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PCDF

Publicado em 14/03/2024, às 11h44   Redação


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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou, na manhã desta quinta-feira (14), uma organização criminosa que se passava por uma agência de modelos.

O grupo atraía modelos e influenciadoras digitais através das redes sociais, oferecendo contratos para produção de conteúdo erótico com promessa de cachês supostamente milionários. As vítimas, entanto, eram submetidas à extorsão e ameaças.

As modelos eram chantageadas e viviam sob a ameaça de terem seus vídeos e fotos íntimas vazados nas redes sociais. Diante da situação, as vítimas eram obrigadas a realizar pagamentos via Pix para a organização criminosa através de contas laranjas.

Segundo as investigações da Operação Trap, os alvos preferidos da organização eram mulheres jovens, com idades entre 18 e 30 anos, que fossem relativamente ativas nas redes sociais.

Depois de selecionar a vítima, um dos membros do grupo criminoso entrava em contato através de um perfil falso no Instagram, se passando pelo dono de uma agência de modelos. Logo nas primeiras horas de conversa, alegava que a mulher se encaixava no perfil procurado pela agência.

Para conquistar a confiança das vítimas, o criminoso estabelecia um diálogo, compartilhando cópias de documentos, fotos e vídeos de conteúdo íntimo. Depois disso, convencia as mulheres a também enviar fotos e vídeos nus, sempre com a promessa de uma carreira de modelo lucrativa e cachês generosos.

Assim, o membro do grupo informava às vítimas que um cliente estava interessado nelas e disposto a pagar uma quantia considerável, na casa das centenas de milhares de dólares, para que realizassem seus desejos em uma videochamada através do Facebook.

Durante a ligação, o suposto “cliente” se recusava a efetuar o pagamento, dizendo que as vítimas não haviam cumprido suas exigências. Depois disso, as mulheres procuravam a suposta agenciadora, que prometia resolver a situação com o cliente.

As vítimas eram então contatadas por outro membro da quadrilha e passavam a receber os vídeos que haviam enviado para a suposta dona da agência de modelos ou que haviam sido gravados pelos supostos “clientes” durante as videochamadas.

Apavoradas, as vítimas procuravam a suposta proprietária da agência de modelos, quando eram informadas de que ela havia sido vítima de um assalto, perdendo seus aparelhos celulares contendo fotos e vídeos das modelos.

Além disso, alegavam que a suposta agenciadora havia negociado com o assaltante para evitar a divulgação dos vídeos das “modelos” da agência. No entanto, para garantir essa não divulgação, as vítimas deveriam pagar uma quantia específica conforme as orientações do proprietário desse perfil.

A PCDF identificou vítimas em diversas regiões do país, incluindo Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Como resultado da investigação, foram realizados sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia, Gama, Jaboatão dos Guararapes (PE), São Paulo e São José do Rio Preto (SP).

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