Polícia descobre 'espião' a serviço do tráfico em meio a conflito em Salvador

Uma caixa preta presa em um poste de iluminação ajudava a esconder uma câmera de monitoramento que, de acordo com a polícia, era utilizada por traficantes do bairro Tancredo Neves, em Salvador. O suporte de plástico com um pequeno furo no meio foi desmontado por policiais da 23ª Companhia Independente da PM no sábado (4), na Rua Piauí, após a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) receber uma denúncia anônima pelo Disque Denúncia.

Desde a segunda quinzena de fevereiro, Tancredo Neves tem registrado diversas ocorrências. Na última delas, 10 pessoas, entre elas três crianças, foram baleadas durante uma comemoração na Rua 24 de março. Até o final da manhã de sábado, três vítimas, todas adultas, haviam recebido alta médica – as demais permaneciam internadas em unidades de saúde da capital baiana.

Cooperação

Salvador firma acordo com a ONU para fortalecer políticas públicas para mulheres; saiba mais

Será?

Rodrigo Pacheco diz que pode deixar a política em 2026; saiba mais

Mortes

No dia 20 de fevereiro, uma advogada de 29 anos foi morta a tiros dentro de um carro depois de deixar um camarote no circuito Dodô. Saadya Gomes Duarte Rosemberg foi alvejada na Rua Bahia, entre as localidades de Buracão e Canal.

O bairro vivia uma disputa pelo tráfico de drogas e, de acordo com o noivo da advogada, que estava com ela no veículo, Saadya não sabia sobre o conflito. Ela foi baleada na axila depois de acelerar o veículo ao se assustar com homens armados.

Na última quinta-feira (2), antes do ataque das 10 pessoas, um integrante do Baralho do Crime da SSP identificado como Jordson Miranda Ramos dos Santos, o Medusa, foi morto em confronto com a Polícia Militar.