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Polícia divulga briga entre homem branco e motoboy negro que foi preso em RS; assista

Reprodução/Vídeo
Atuação de PMs foi vista como ato de racismo contra motoboy negro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 24/02/2024, às 10h13   Cadastrado por Sanny Santana


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Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra o momento em que acontece a briga entre o morador branco e o motoboy negro, que trocaram agressões no dia 176 de fevereiro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do RS divulgou a filmagem.

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Nas imagens, é possível ver o momento em que Sérgio Camargo Kupstaitis, morador do prédio, já sai do local com um canivete nas mãos. Ele caminha em direção a Everton Henrique Goandete da Silva, o motoboy.

A agressão de Kupstaitis contra Silva não é registrada, mas ele admitiu em depoimento à Polícia Civil que desferiu um golpe com o canivete contra o motoboy. O motivo seria o local onde o trabalhador estava, onde geralmente ficaram os profissionais que prestam serviço de delivery. 

A câmera registra, logo depois, o momento em que Silva atira pedras contra o morador, que permanece segurando o canivete. A briga segue até que Kupstaitis vai para dentro da área do prédio e fecha o porão. Silva vai até lá e algumas testemunhas surgem para tentar apartar a briga. Não demora para que a a Brigada Militar (BM) chegasse ao local.

Silva foi algemado à força por policiais militares, mesmo após ser agredido. Em vídeos, é possível ver o motoboy sendo prensado contra a parede e levado para uma viatura algemado. Já Kupstaitis passa sozinho e diz que vai pegar seus documentos.

Silva foi levado antes à viatura. Ao Uol, uma testemunha declarou que o idoso foi no banco de trás do veículo, enquanto o motoboy foi na parte traseira do veículo. 

No inquérito policial, houve o indiciamento de Silva e de Kupstaitis por lesão corporal de natureza leva. Silva também foi indiciado por desobediência, por resistir à prisão. Ambos foram liberados no fim do dia.

A sindicância da Brigada Militar disse ter apurado a conduta dos policiais e afirma que não houve agressão, nem racismo por parte dos agentes. Com isso, alegam não ter acontecido crime militar ou crime comum. 

A sindicância, contudo, apontou que houve uma transgressão disciplinar quando os policiais permitiram que Kupstaitis fosse ao apartamento sozinho e não o levaram detido no porta-malas da viatura, da mesma forma que Silva foi levado.

Classificação Indicativa: Livre

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