Polícia

Caso Frésca: esquema usava funcionários sem instrução como ‘laranjas’

Publicado em 27/08/2015, às 12h05   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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"O esquema exatamente é não emitir documento fiscal e superfaturar, além de manter mais de uma empresa funcionando no mesmo local", desta forma a coordenadora da Secretaria da Fazenda, Sheila Meirelles, resumiu o motivo da prisão de quatro pessoas ligadas à empresa de distribuição de água mineral Frésca, com sede em Dias D'ávila. Entre os presos que foram ouvidos na Dececap (Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração), na manhã desta quinta-feira (27), em Piatã, estava um dos sócios da Frésca, Antônio Lecival Oliveira Miranda. Os outros detidos foram dois sócios 'ocultos' e o contador da empresa.

Junto à Sefaz, o esquema registra o débito de R$ 7 milhões, mas a estimativa divulgada é de aproximadamente R$ 11 milhões sonegados. As irregularidades configuram, de acordo com a força-tarefa, a formação de um grupo criminoso que atuava há 12 anos na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O esquema era desenvolvido com a Mineração Canaã, que atuava no mesmo local da Frésca. 

De acordo com os dados da investigação, os ‘laranjas’ eram pessoas que trabalhavam para a empresa e até desconhecidos. “Eram pessoas humildes, funcionários e desconhecidos sem instrução que eram usados no esquema”, contou Sheila Meirelles. 

Segundo Sheila, um dos sócios também possui dividas com a Sefaz em nome de outra empresa, onde utiliza outros cadastros de pessoa física (CPF). Ainda segundo ela, apesar dos quatro presos apresentados nesta manhã, o montante envolvido chega a dez pessoas.

Com os presos, foram apreendidos documentos e computadores que servirão de base para o prosseguimento da investigação. "A partir do material apreendido podem ocorre novas prisões", frisou.

Além de Sheila Meirelles, participaram da coletiva a delegada Márcia Perira, responsável pelo ncleo fiscal da Dececap, e Vanezza Rossi, representando o Ministério Público (MP-BA).

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