Caso Clara: secretária de Políticas para as Mulheres repudia agressões feitas por filho de prefeito

A Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA) enviou uma nota à imprensa, na manhã desta quarta-feira (16), sobre o caso de violência contra a mulher que envolve a filha do prefeito de Muniz Ferreira, Clara Emanuele Santos Vieira e o marido dela, o filho do prefeito de Salinas da Margarida, Filipe Fernandes Pedreira.

A jovem procurou o BNews para denunciar as agressões e relatar todo o caso que, segundo Clara, sofre há três anos. Em nota, a SPM-BA ressalta que defende a punição de todo e qualquer agressor, de acordo a legislação vigente. A titular da pasta, Julieta Palmeira, disse ser inadmissível que mulheres continuem sendo agredidas e sofrendo violência pelo fato de serem mulheres. “A violência contra as mulheres é uma face cruel do machismo e todos, governos e sociedade, precisam estar juntos para mudar essa cultura e evitar a impunidade”. 

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Ainda no comunicado, a secretaria afirma que o enfrentamento à violência de gênero é a razão de ser da SPM, que não tem se furtado diuturnamente em promover ações de sensibilização e conscientização da população e também de capacitação. Recentemente, a SPM-BA assinou um Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para ampliar a capacitação em gênero de policiais civis, buscando humanizar e proporcionar um atendimento ainda mais qualificado e acolhedor às mulheres em situação de violência nas delegacias comuns ou especializadas.

O caso
O caso ocorreu na última terça-feira (8), no apartamento de Clara, em Santo Antônio de Jesus, onde estuda, conforme publicou o BNews nesta terça-feira (15). A situação foi tão extrema, que a jovem precisou conversar com a reportagem via WhatsApp, pois não estava conseguindo ouvir direito pelo telefone por causa das pancadas.

Ao BNews, Clara, que é filha do prefeito de Muniz Ferreira, contou que estava separada de Felipe há 15 dias por conta de outra agressão que tinha sofrido em Milagres. Em seu depoimento á polícia, ela explicou que foi agredida pelo marido e ele teria atirado na parede da casa para assustá-la.

Já no dia 8, Clara explicou que estava em casa estudando e o suspeito chegou a acusando de ter outro. Segundo a jovem, o marido a espancou com socos e chutes, feriu seus dedos das mãos com uma faca e cortou seus cabelos. Durante as agressões, ele a teria xingado e ameaçado de morte. 

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