Polícia
por Alex Torres
Publicado em 12/05/2025, às 07h54 - Atualizado às 14h20
Um agente de porteiro de uma escola em Brasília, no Distrito Federal, foi alvo de injúrias raciais por parte de quatro alunos do ensino médio. A situação aconteceu no Colégio Everest, que fica na região do Lago Sul, na capital federal.
Relatos de pessoas que estavam presentes indicam que os estudantes teriam chamado o então colaborador de "macaco", "fedorento" e "urubu". O episódio teria acontecido em setembro de 2024, mas veio à tona somente na semana passada.
Meses após o ocorrido, o porteiro foi transferido para outra unidade do colégio. Ele contou que teria sido intimado a assinar uma ata que negava possível discriminação. O funcionário acabou demitido do cargo na última quarta-feira (7), cerca de um ano após a data da sua contratação.
A vítima relatou à delegacia que, na época do ocorrido, a orientadora do colégio tentou por várias vezes que os alunos fossem punidos, mas não obteve sucesso. A versão do ex-funcionário ainda destaca que o encarregado geral dos porteiros soube do ocorrido e teria informado que não seria a primeira vez que episódios semelhantes aconteciam.
Em outubro do ano passado, a mesma orientadora que tentou repreender os alunos foi demitida. Apenas um pai foi comunicado sobre a situação e, na frente da orientadora, o filho confessou que ele e mais três colegas haviam xingado o porteiro pela janela da sala de aula.
A ocorrência foi registrada na Polícia Civil do Distrito Federal como injúria racial. O caso também é investigado no Núcleo de Direitos Humanos (NHD) do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios.
Em nota enviada ao Bnews, o Colégio Everest Brasília afirmou que o colaborador não soube identificar quem teria feito os comentários, apenas apontou a sala de onde veio os xingamentos. Auinda de acordo com a nota, i professoar não se encontrava mais na sala no momento do ocorrido e a única testemunha - a orientadora pedagógica mencionada na matéria é a companheira do porteito.
O colégio afirmou que instaurou uma apuração interna, ouviu todos os alunos que estavam presentes na sala no momento indicado e nenhum dos estudantes corroborou a versão apresentada, negando qualquer fala ou atitude ofensiva ou discriminatória.
Após o episódio, o colégio contou que o colaborador continuou em suas funções e foi transferido de escola no fim do ano, com a aposentadoria de outro porteiro. "Seu desligamento não teve qualquer relação com a denúncia. Prova disso é que ocorreu apenas recentemente e se deu exclusivamente por razões disciplinares e operacionais".
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
Em razão da matéria publicada no portal Metrópoles, intitulada “Porteiro de
escola no DF é xingado de ‘urubu’, pede punição e é demitido”, a escola citada vem a público prestar os devidos esclarecimentos, reafirmando seu compromisso com a verdade, o respeito e a transparência.
No episódio mencionado, o colaborador relatou ter sido alvo de ofensas verbais por parte de alunos por meio da janela de uma sala de aula. No entanto, ele não soube identificar quem teria feito tais comentários, tendo apenas indicado a sala de onde supostamente partiram as falas. O professor da turma já havia se retirado no momento do ocorrido, A denúncia apresentada não foi direcionada a nenhum aluno específico. Não houve qualquer identificação de criança como autora das supostas falas. Toda a acusação se baseia unicamente no relato do próprio denunciante. A única pessoa que afirmou ter conhecimento da mesma versão foi a orientadora pedagógica mencionada na matéria — que, por sua vez, é a companheira do denunciante.
Diante da gravidade da alegação, a escola instaurou imediatamente uma
apuração interna, com total responsabilidade. Mesmo sem qualquer indício
concreto, a instituição optou por ouvir todos os alunos que estavam presentes na sala no momento indicado, os quais foram identificados pelas imagens de segurança. Nenhum dos estudantes corroborou a versão apresentada.
Todos negaram, de forma unânime, qualquer fala ou atitude ofensiva ou discriminatória. As imagens captadas pelo sistema de videomonitoramento da escola — composto por câmeras que cobrem toda a unidade, sem pontos cegos — foram analisadas com rigor. Não houve nenhuma prova de que os alunos tenham
cometido qualquer ato discriminatório ou de racismo. Nenhum aluno foi
individualmente acusado, nem há evidências de que qualquer ofensa tenha sido
proferida.
Ainda assim, como instituição educativa, aproveitamos a situação para reforçar com os alunos — por meio de rodas de conversa e orientações pedagógicas — a importância do respeito mútuo, da empatia e da rejeição a qualquer forma de preconceito ou discriminação, independentemente da existência de comprovação dos fatos relatados.
O colaborador permaneceu normalmente em sua função após o episódio, sem
qualquer tipo de punição ou prejuízo profissional. No fim do ano letivo, com a aposentadoria de um porteiro em outra unidade da rede, ele foi transferido para ocupar a vaga disponível.
Seu desligamento não teve qualquer relação com a denúncia. Prova disso é que
ocorreu apenas recentemente e se deu exclusivamente por razões disciplinares e operacionais, após diversas tentativas de alinhamento de conduta que,
infelizmente, não resultaram na mudança esperada. Além disso, é importante
reforçar que os supostos envolvidos são alunos do 6o ano, em fase de formação, o que exige ainda mais cautela, responsabilidade e equilíbrio na apuração de qualquer acusação.
Reafirmamos que nossa escola é um espaço dedicado à formação integral dos
alunos, orientado pela fé, pela ética e pelo respeito ao próximo. Como instituição de inspiração cristã, ensinamos que todos são filhos de Deus, iguais em dignidade e valor. Não toleramos, em hipótese alguma, qualquer forma de preconceito ou discriminação, e trabalhamos diariamente para cultivar um ambiente de respeito, diálogo e fraternidade.
Permanecemos à disposição das autoridades competentes para qualquer
esclarecimento adicional.
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