Polícia
Publicado em 05/10/2023, às 10h34 Nilson Marinho
O médico ortopedista baiano Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, é natural da cidade de Ipiaú, no sul da Bahia, e, atualmente, morava na cidade de Jequié, na região sudoeste, onde trabalhava no Hospital Geral Prado Valadares. Ele era casado e tinha dois filhos, um deles de dois anos.
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Almeida estava na companhia de outros três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), quando foi surpreendido a tiros por homens que desceram de um carro branco. Antes de ser morto, o médico baiano, que vestia uma camisa do Esporte Clube Bahia, posou para uma foto ao lado dos colegas, um deles irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Era a primeira vez que o profissional estava na cidade, onde participaria de um congresso internacional de ortopedia. Para viajar ao Rio, ele precisou trocar o plantão com um colega.
Formação
O médico ingressou no curso de Medicina em 2012 e finalizou a graduação em 2017 na Faculdade Zarns Salvador (antiga Medicina FTC). Em seguida, deu início à residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Centro de Ortopedia e Traumatologia (COT). O baiano também se especializou em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo.
Almeida também trabalhou no Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto Cárdio Pulmonar e Hospital Agenor Paiva, todos na capital baiana, e na Clínica de Ortopedia e Traumatologia de Ipiaú.
Investigação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que o médico foi vítima de um crime de execução, já que nada foi levado dele e dos colegas de profissão. Não se sabe, até o momento, quem seria o principal alvo dos criminosos. O ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que a Polícia Federal vai acompanhar o caso, sobretudo para saber se há a possibilidade do crime ter ligação com a atuação política dos familiares de uma das vítimas.
Diego Ralf de Souza Bomfim, o outro médico morto na companhia do baiano, é irmão de Sâmia e também cunhado de Glauber Braga (PSOL-RJ), que é casado com a deputada.
“Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares”, publicou o ministro no X (antigo Twitter).
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