Polícia
Publicado em 22/05/2023, às 13h11 Cadastrado por Sanny Santana
O homem suspeito de cometer a agressão que levou a morte do motoboy Renildo Rebouças Santos, no bairro de Nazaré, em Salvador, foi indiciado por lesão corporal seguida de morte, que possui pena de até 12 anos de reclusão. O caso aconteceu no dia 29 de abril deste ano e o inquérito foi concluído nesta segunda-feira (22).
De acordo com o delegado Willian Acham, responsável pelo caso, o suspeito, de 23 anos, foi ouvido na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) no dia 2 de maio, data em que o motoboy morreu. O investigado alegou ter dado um murro em Renildo por legítima defesa.
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Imagens de câmera de segurança da Rua Pedro Veloso, onde aconteceu o crime, no entanto, mostram que os dois discutiam, quando o motoboy foi surpreendido por um murro, que o levou a bater a cabeça no meio-fio.
O suspeito chegou a ficar no local, esperando pelo socorro para o motoboy, no entanto, trocou de roupa para passar despercebido e fingir que seria um popular que aguardava a chegada do socorro.
"Ele alegou legítima defesa, mas as imagens mostram que ele mentiu durante o interrogatório. Vamos coletar o restante do procedimento, juntar o laudo do exame cadavérico e remeter para a Justiça", disse o delegado ao g1.
A Polícia Civil informou que, após ser ouvido, o suspeito foi liberado porque a agressão aconteceu no sábado e ele só foi encontrado na terça-feira, fora do período de flagrante.
Envolvimento da mãe
A Polícia Civil ainda investiga a participação da mãe do suspeito no crime. Segundo o delegado, a mulher omitiu alguns fatos que foram comprovados entre o depoimento dela e a veiculação das imagens.
Após a agressão, é possível ver que o suspeito retira a motocicleta do local, a pé. A mãe do suspeito aparece, vai ao lado do motoboy, depois pega um objeto no chão e sai.
A Polícia Civil investiga se o objeto é o celular da vítima, que não foi encontrado no local. O motoboy fica desacordado no local por cerca de 10 minutos.
Depois, o suspeito e a mãe voltam ao local, mexem e tentam levantar a vítima. Moradores e até um outro motociclista se aproximam. Vendo a gravidade da situação, o suspeito tira a camisa e se apresenta para as pessoas como uma testemunha.
A defesa do suspeito afirmou que o cliente é uma pessoa "justa, íntegra e honesta, com residência e trabalho fixo". Disse ainda que foi um caso lamentável, durante uma discussão de trânsito, e que o suspeito prestou socorro imediatamente, na tentativa de salvar a vida da vítima.
O suspeito mora próximo ao local em que Renildo Santos foi agredido. Existe a suspeita de que ele estivesse alcoolizado no momento da batida, afinal, estava voltando de uma festa e trafegava na contramão.
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