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Suspeito de atirar bomba em ato com Lula nega elo político e passará por audiência

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O suspeito foi identificado como Andre Stefano Dimitriu Alves de Brito, 55  |   Bnews - Divulgação Divulgação PC RJ

Publicado em 08/07/2022, às 19h35   Ana Luíza Albuquerque/ FolhaPress


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O homem preso em flagrante na noite desta quinta-feira (7) sob suspeita de ter jogado uma bomba caseira em meio ao ato com apoiadores do ex-presidente Lula (PT) no Rio de Janeiro passará por audiência de custódia na tarde deste sábado (9).

Ele foi identificado como Andre Stefano Dimitriu Alves de Brito, 55. Na audiência, marcada para as 13h, na Central de Audiência de Custódia de Benfica, o juiz pode converter a prisão em preventiva, conceder a liberdade provisória ou relaxar a prisão.

Segundo a legislação penal, o juiz deve promover a audiência de custódia no prazo máximo de 24 horas após a realização da prisão em flagrante. Nela, comparecem suspeito, defesa e Ministério Público.
A reportagem não conseguiu localizar sua defesa.

Policiais militares que acompanhavam o comício a favor de Lula afirmaram à Polícia Civil que Brito chegou correndo ao encontro dos agentes, dizendo que estava sendo perseguido por populares.

Em seguida, testemunhas disseram que ele havia jogado um artefato que explodiu no meio do ato. O suspeito foi então encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia Civil, no centro da cidade.

A bomba caseira foi lançada do lado de fora da área isolada em frente ao palanque, antes da chegada de Lula na Cinelândia, onde aconteceu o evento.

A explosão ocorreu ao lado dos banheiros químicos -seguida de um cheiro ruim sobre a área.
Participantes se afastaram correndo do ponto onde a bomba foi jogada, que estava mais esvaziado do que a parte central da praça.

Após três estampidos, a apresentadora do comício pediu calma aos espectadores. Não houve correria generalizada. Logo em seguida, foram proferidos gritos contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na delegacia, testemunhas afirmaram categoricamente que viram o suspeito com um artefato explosivo nas mãos, formado por uma garrafa PET e um pavio.

Disseram que viram, na sequência, Brito acender o pavio e arremessar a garrafa em direção às pessoas presentes no ato. Após a explosão, presenciaram o suspeito correr ao encontro dos policiais militares.

Brito disse à polícia que não possui inclinação política ou ideológica e que teria jogado a bomba caseira como forma de protesto a uma alegada polarização ideológica que prejudicaria o futuro do país.

O artefato explosivo foi apreendido e passará por perícia para constatar a sua composição. Também foi realizada perícia no local e foram requisitadas imagens de câmeras de segurança.

O celular do suspeito foi apreendido e foi requerida a quebra de sigilo de seus dados para esclarecer as circunstâncias do fato e eventual envolvimento de outras pessoas.

O crime de explosão está descrito no artigo 251 do Código Penal como "expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". A pena é de três a seis anos de reclusão e multa.

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