Polícia

Flordelis deixa alerta para que evangélicas não caiam na prisão: 'saiam'

Brunno Dantas/TJ-RJ
Flordelis, presa por matar marido, cumpre uma pena de 50 anos e 28 dias  |   Bnews - Divulgação Brunno Dantas/TJ-RJ

Publicado em 04/04/2023, às 11h44 - Atualizado às 11h44   Redação BNews


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A ex-deputada Flordelis, condenada a 50 anos e 28 dias pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, deu a sua primeira entrevista após o julgamento que terminou com sua ida de forma definitiva para a prisão. Durante uma conversa com o jornalista e escritor Ullisses Campbell, a pastora fez questão de alegar sua inocência e aproveitou para mandar um alerta para outras mulheres que, assim como ela, são evangélicas e que se apegam às escrituras.

Antes de deixar o recado para suas irmãs de religião, Flordelis disse que acredita que deixará a prisão em breve e que, em liberdade, olhará para “dentro de si” para “consertar todos os erros que cometeu na vida e na igreja”.

“O maior deles foi ter entregue a minha vida ao meu marido. No casamento, me calei e me anulei para tudo. O evangelho no qual fui criada me colocou como apêndice do pastor Anderson. Esse evangelho dava a ele permissão para controlar a minha vida, me violentar e me agredir permanentemente. Esse evangelho não me serve mais. Peço às mulheres da igreja que saiam dessa vida o quanto antes para não pararem aqui na cadeia como eu”, comentou a ex-deputada.

Flordelis afirma que clama aos céus para ser inocentada e que tem passado os dias na cadeia lavando roupas sujas – suas e de outras detentas –, cantando para companheiras de prisão e pulando corda, como uma forma de manter o físico.

“Como sou inocente, vivo na força da fé. Creio que os planos de Deus para mim ainda são diferentes do destino que os homens traçaram. Oro todos os dias para sair daqui.”

Ulisses, que já foi jornalista da revista Veja, é autor do livro “Flordelis - A Pastora do Diabo”, a última edição de uma trilogia sobre mulheres que estavam por trás de crimes de grande repercussão no Brasil. Ele viajou pelo passado da líder religiosa e trouxe à tona detalhes de rituais satânicos e orgias que a ex-parlamentar teria feito com os "filhos".

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