Polícia

Vídeo mostra ataque racista de jornalista contra policial militar no Fuzuê; ASSISTA

Reprodução / TV Bahia
Os agentes gravaram o vídeo para provar o ato racista cometido pela mulher.  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Bahia

Publicado em 05/02/2024, às 12h13 - Atualizado às 12h13   Redação


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Para provar o crime de injúria racial cometido por uma jornalista, presa em flagrante durante evento pré-carnavalesco, em Salvador, no sábado (3), policiais militares gravaram o momento posterior ao ocorrido. No vídeo, Rosane Maria de Souza Silva repete uma das expressões racistas usadas no ataque a uma policial que tentou fazer uma revista padrão de segurança em um dos portais que dá acesso ao circuito do Carnaval. A mulher teve a liberdade provisória concedida pela Justiça nesta segunda-feira (5).

O registro do crime foi feito no Posto da Polícia Civil localizado na Marquês de Leão, segundo informações da assessoria de imprensa da corporação. O crime ocorreu durante o Fuzuê. De acordo com a polícia, o motivo alegado pela jornalista para se recusar à abordagem foi o fato da policial ser uma mulher negra.

A mulher conduzida por policiais militares se recusou a parar no portal de abordagem da PM e proferiu declarações racistas: "Não veio do navio negreiro para ser revistada por uma negra". Além disso, ela acrescentou outros insultos dirigidos à vítima.

A delegada Marialda Santos, responsável pela lavratura do flagrante, destacou que a autora não demonstrou arrependimento durante o processo. "Apesar de desconversar, ela manteve o discurso racista", informou a autoridade policial. Após ser autuada em flagrante, a mulher foi submetida a exames de lesões corporais. 

A nova legislação, Lei 14.532/2023, publicada em 11 de janeiro de 2023, equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com essa atualização, a pena para o crime tornou-se mais severa, com reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Importante ressaltar que não cabe mais fiança, e o crime tornou-se imprescritível.

Diante desse episódio, a Polícia Civil anunciou a disponibilização de serviços especializados para o atendimento às vítimas de racismo e demais públicos vulnerabilizados nos postos de Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (Servvir). Esses postos estão instalados nos circuitos Dodô e Osmar, contribuindo para a promoção da igualdade e combate à intolerância racial durante o período carnavalesco.

Classificação Indicativa: Livre

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