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Vídeo: Mulher entra em estado de choque ao ouvir que 'preto tem que morrer'

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Mulher foi vítima de racismo e denunciou caso à Polícia  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução

Publicado em 14/08/2022, às 10h21   Redação BNews


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Uma mulher foi vítima de racismo dentro da loja Riachuelo de um shopping e entrou em estado de choque após escutar que "preto tem que morrer". A vítima estava no estabelecimento quando uma mulher de 34 anos passou apontando o dedo e falando em voz alta a frase racista.

Filha da vítima, que não quis ser identificada, Laila dos Santos, 35, estava com a mãe no momento e relatou ao G1 que chamou a Polícia Militar imediatamente. A mulher foi presa em flagrante por discriminação.

O caso aconteceu dentro do shopping Praiamar, em Santos, e teria sido testemunhado por clientes que também faziam compras no local.

“Ela puxou o andador e pegou o cartão dela. Depois, passou perto da gente e perguntou ‘o que você está olhando?’”. Laila teria respondido para a moça que ela não deveria tratar a própria mãe daquele jeito. A mulher não respondeu e entrou na loja.

“Eu continuei na porta e minha mãe ficou nas primeiras araras escolhendo a compra para o Dia dos Pais. Essa menina entrou na loja, cutucou a minha mãe e apontou o dedo na cara da minha mãe e falou que ‘preto tem que morrer’. Ela falou em alto tom, e uma funcionária da loja e outras pessoas ouviram”, contou Laila.

De acordo com a filha da vítima, a mulher tentou reverter a situação dizendo que precisava ir embora e chamou a mãe dela. A senhora teria afirmado que a filha estava fora de si, pois tem problemas mentais e possui um laudo psiquiátrico.

Ainda segundo Laila, algumas testemunhas e os agentes de segurança tentaram desestimular que a denúncia fosse feita, mas ela insistiu em chamar a PM para dar andamento ao caso.

“Todo mundo falava que isso não ia dar em nada. Mas, eu afirmei que iria até o final e ia registrar um boletim de ocorrência. Estão ofendendo e matando pessoas utilizando como pretexto laudos para fazer o que querem, e isso tem que ser impedido”, afirmou.

Além da injúria racial, ela afirmou que também se sentiu humilhada pela maneira como ela e a mãe foram tratadas pelos seguranças após o ocorrido.

“Chamei os seguranças do shopping para inibir a saída dela. Até o primeiro momento, o pessoal do shopping queria que a gente não filmasse, porque eles não queriam expor a situação, e queriam que a gente fosse para uma sala privada. Parece que a gente estava errado. É algo que não dá para acreditar”, afirmou.

A Polícia Militar confirmou ao g1 que foi acionada às 19h32 para atender o caso em que duas mulheres estariam discutindo e uma proferiu palavras racistas. Os policiais estiveram no local e conduziram os envolvidos para a delegacia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a mulher foi presa em flagrante por praticar discriminação.

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