O café da manhã do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, com deputados do PMDB na última quarta-feira (13) teve dois efeitos. De acordo com informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim, primeiro, serviu para amenizar a relação para lá de tensa entre os mais incendiários e Temer. O colunista afirma que, na contramão, o encontro gerou ciúme no deputado federal Eduardo Cunha e irritou quem dele ficou de fora, a exemplo de Lúcio Vieira Lima, também deputado federal.
Alguns, como Hugo Motta, verbalizaram que querem melhorar a relação com o governo. Leonardo Picciani, que pensa em ser candidato a prefeito do Rio em 2016, também não se opôs. Danilo Forte, responsável por organizar o convescote e de olho na liderança do PMDB, era um dos mais entusiasmados com a perspectiva de fazer as pazes com o Planalto.
Ao não convidar Vieira Lima e ao não avisar Cunha sobre o café da manhã, porém, Forte pode ter se encalacrado. Na reunião da bancada, pouco mais à tarde, muitos reclamaram que ele, que tanta lenha na fogueira colocou em outros tempos, agora era um dos mais afoitos para se tornar governista.
Em conversa com o Bocão News, o cacique do PMDB na Bahia, negou que tivesse qualquer crise no partido. “Não tem problema nenhum. Alguns deputados foram tomar café da manhã, outros podem jantar. Não tem problema nenhum. O PMDB não está em guerra com ninguém. Não tem nenhum tipo de crise”, disse.
O tema candidatura à presidência da Câmara foi o prato principal. Temer repetiu que, hoje, Cunha é o único com a candidatura definida, mas reforçou a necessidade de que haja diálogo com o Planalto para que ela prospere.
Publicada no dia 13 de novembro de 2014, às 11h18
