Política

Na Defesa, Wagner vai lançar satélite, negociar caças e território da Amazônia

Publicado em 30/12/2014, às 06h17   Emerson Nunes (Twitter: @emenunes )


FacebookTwitterWhatsApp

Prestes a deixar o mandato nesta quarta-feira, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que o seu “legado mais importante foi a reintrodução da normalidade democrática na Bahia com a desconcentração do poder e o compartilhamento, respeitando os poderes legislativo e o judiciário”. A declaração rebate as críticas feitas pelo deputado federal de São Paulo Vanderlei Macris (PSDB), que criticou o chefe do executivo baiano. "Promovido para a Esplanada, Jaques Wagner deixou duas marcas na Bahia: a maior greve da PM e o aumento da violência em Salvador", provocou.

Wagner disse ainda que a vitória de Rui Costa (PT) no primeiro turno reforça a tese. “É uma reafirmação da democracia, vamos para 12 anos de um projeto que a gente inaugurou”, explicou em referência implícita ao modelo carlista.

O petista, que a partir de quinta-feira, 1 de janeiro,  assume o Ministério da Defesa, afirmou ter se reunido com o atual titular da pasta, Celso Amorim, com quem teve “uma longa conversa”, para ficar à par das prioridades da presidente Dilma Rousseff (PT) no setor.

“É um ministério muito complexo, que envolve as três Forças Armadas, a Escola Superior de Guerra, um instituto de reflexão e formulação, o comando do Estado Maior das Forças Armadas e outros processos estratégicos que estão em curso, como o submarino nuclear, a compra de caças o controle das águas territoriais na Amazônia”, explicou afirmando ainda que quando assumir pretende dar atenção a três áreas estratégicas, todas necessitam de investimento em tecnologia. “Cibernética, aeroespacial e nuclear. Temos o submarino nuclear, o satélite que nós vamos lançar junto com o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia e temos muita tarefa para fazer”, explicou.

Criado em 1999, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pasta reúne Marinha, Exército e Aeronáutica é também responsável pela articulação das forças. A ida do governador responsável por três vitórias petista em primeiro e cerca de 70% do votos válidos de Dilma este ano para a Defesa gerou críticas de oposicionistas e, até mesmo de aliados. Wagner minimizou as críticas e, depois de ser anunciado por Dilma, e afirmou ter defendido pessoalmente a sua ida para a pasta. ”Eu coloquei para Dilma que queria estar em um ministério estratégico, for isso assumo com muita tranquilidade”, garantiu.            

“Considero um ministério estratégico. Infelizmente nós não temos a dimensão exata do que significa defesa para uma economia como a nossa, mas com certeza, nós temos muito que avançar na área espacial, na área da defesa antiaérea. Não há outra forma de proteger a paz sem você estar preparado para um eventual ataque”, concluiu o petista.

Publicada no dia 29 de dezembro de 2014, às 13h22

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp