PTN sinaliza afastamento da oposição na Câmara

A insegurança dos vereadores do PTN em migrar de vez para a base oposicionista na Câmara Municipal aumentou nos últimos dias. Apesar de seguirem as determinações do partido e fazerem oposição ao prefeito ACM Neto (DEM), os quatro vereadores se sentiram excluídos das decisões da bancada. De acordo com o edil Kiki Bispo, a relação não é das melhores. “Já começamos mal”, criticou.

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Segundo o primeiro presidente da mesa diretora, os opositores definiram a liderança da bancada e as vice-presidências das duas comissões mais importantes da Casa sem o consentimento do PTN. “Já se formaram duas comissões e ficamos excluídos. Eu tenho falado que começamos muito mal com a oposição. Determinou o líder e não nos consultou. Indicaram os vices de cada uma das principais comissões e não nos colocaram. Naturalmente, essa falta de diálogo vai nos colocando na independência. São essas tratativas que vão delineando a nossa postura de mais distanciamento [da oposição] e independência”, criticou.

Apesar dessa relação, o vereador afirmou que não houve nenhuma aproximação com o prefeito ACM Neto nos últimos dias. No entanto, as votações dos projetos do Executivo serão aprovadas independentes da relação partidária. “Nós votaremos sempre a favor da cidade. Se nos entendemos que é de importância para a cidade, não teremos nenhum problema com isso”, disse.

Esse posicionamento pode ter uma reviravolta nos últimos meses antes da eleição no ano que vem. Questionado se os vereadores do PTN podem seguir ao lado do prefeito, Bispo titubeou. “Acredito que neste momento não, mas tudo pode acontecer”, recuou.

No âmbito estadual, a relação parece já estar bem definida. Durante o Carnaval, o deputado estadul Bruno Reis (PMDB), informou que os parlamentares do PTN deixariam a base do governo Rui Costa (PT), logo após o Carnaval. Na primeira sessão na Casa, nesta segunda-feira (23), nada foi debatido, o que deve ocorrer durante ainda esta semana.

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