Política

Fernando Rodrigues se nega a entregar lista de correntistas do HSBC

Publicado em 27/03/2015, às 12h54   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Nesta quinta-feira, 26, os jornalistas Fernando Rodrigues (UOL) e Chico Otávio (O Globo) prestaram depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC do Senado. Ambos cuidam da apuração e veiculação do assunto com exclusividade no país. Durante o depoimento, Rodrigues se negou entregar a lista com os 8.667 nomes brasileiros aos senadores e sugeriu que a CPI negociasse o conteúdo com o governo francês. As informações foram divulgadas pelo 'Jornal Hoje'.

Na ocasião, os jornalistas contaram que nomes de pessoas ligadas à Operação Lava Jato e ao esquema de Cartel do Metrô de São Paulo aparecem na lista. O depoimento prestado durante a CPI pautou, também, a Agência Brasil, que escreveu reportagem sobre o assunto. De acordo com o veículo, Rodrigues comentou que o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) e a Receita Federal do Brasil se omitiram no caso que analisa os dados vazados sobre os correntistas.

"O Coaf não fez nada. A ideia era, evidentemente, que pudesse haver uma colaboração entre a investigação jornalística e o interesse do Estado brasileiro nesse episódio. Não se requeria, evidentemente, do Coaf e nem do Estado brasileiro, que se quebrassem sigilos porque seria um crime”. O jornalista acrescentou que “seria importante que o Coaf pudesse pelo menos dizer, com a colaboração de outras agências de controle no Brasil, como a Receita Federal, o Banco Central, se naquela lista, naqueles 3%, havia alguém que não tinha declarado ao Imposto de Renda, não havia declarado ao Banco Central. Sem dizer quem era, poderia dizer: olha, de 300 e poucos nomes, temos 10% que, de fato, declararam".

O jornalista do UOL pediu, ainda, cautela com a divulgação dos nomes. Segundo ele, apesar de a maioria das pessoas que integram a lista não terem “expressão pública”, podem estar entre os que não pagaram impostos. “Podem ser pessoas que cometeram crimes e são anônimas, podem ser pessoas que praticaram evasão de divisas e podem ser, também, pessoas que têm contas legais lá fora. Pode ser tudo, o que só vai ser possível responder depois que cada um for devidamente escrutinado, tiver os seus dados checados junto aos registros da Receita Federal do Brasil e do Banco Central do Brasil". Com informação do Portal Comunique-se

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