Para o vereador Gilmar Santiago (PT), a polêmica liberação da Secretaria de Urbanismo (Sucom) para a construção de um prédio de dez andares no Corredor da Vitória, não é surpresa. O petista, durante audiência pública na manhã desta segunda-feira (11), argumento que a liberação segue na linha do que o edil considera “falta de critério” na relação com o meio ambiente e “ganância” do setor imobiliário.
“Tudo isso é fruto de muita ganância e especulação imobiliária. Com o argumento de que podemos temos que dinamizar a economia e a construção civil se faz de tudo na prefeitura na hora de conceder essas liberações. A Comissão de Planejamento Urbano deve acompanhar de perto esse caso, convocar o Ministério Público para investigar possíveis irregularidades na liberação”, afirmou Gilmar Santiago.
Presidido pelo vereador Arnando Lessa (PT), o colegiado de Planejamento Urbano vai encaminhar todas as denúncias e emitir um parecer. “Tentamos, na medida do possível, não opinar e colher o maior número de informações nesta audiência pública e a comissão vai se pronunciar. Em alguns pontos, a questão da legalidade da construção é contestável”, declarou.
Vereador Lessa, Silvio Pinheiro (Sucom) e César Filleto, dono do empreendimento
Os moradores do Corredor da Vitória contestam a licença emitida para a construção do empreendimento. Além da alegação de que o terreno do imóvel estaria em Área de Proteção Permanente (APP), populares também afirmam que o prédio irá reduzir a vista para o mar de unidades vizinhas.
Projeto de prédio tem tem 10 andares, cada apartamento em um pavimento
As denúncias dos moradores foram protocoladas no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Secretaria de Urbanismo (Sucom), Ministério Público Federal (MPF), Secretaria de Patrimônio da União e Conselho de Engenharia e Agronomia.
Leia mais:
Publicada no dia 11 de maio de 2015, às 15h