A esperada batalha judicial entre os deputados federais José Carlos Aleluia (DEM) e Jorge Solla (PT), enfim, vai acontecer. Depois de o demista provocar e incentivar o petista a entrar com o processo, após dizer que o ex-titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) era “mais sujo que pau de galinheiro”, Solla ingressou nesta terça-feira (2) com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o colega de Congresso Nacional.
Os parlamentares trocaram acusações através de veículos de comunicação. Mas, de acordo com o processo, o que motivou o petista a representar contra Aleluia foram declarações, que deram a entender que Solla cometeu crimes enquanto esteve à frente da pasta estadual.
“Deputado de primeira viagem, ele tenta a todo custo aparecer, mas esquece que seu passado na Sesab é mais sujo que pau de galinheiro. Jorge Solla como deputado é uma piada de mau gosto com os baianos. A Bahia inteira sabe que sua campanha foi bancada pelo PT para que conseguisse foro privilegiado e não fosse preso pelas irregularidades que cometeu na Sesab. Agora aparece na CPI da Petrobras se esquecendo que o dinheiro de sua campanha veio justamente do Petrolão”.
Os advogados de Solla fundamentam na queixa-crime que a previsão de imunidade parlamentar não poderá ser utilizada pela defesa de José Carlos Aleluia porque “as afirmações foram de caráter pessoal e nada tiveram a ver com o exercício do mandato”. De acordo com representantes do deputado federal petista, “a proteção constitucional não é absoluta porque a ofensa é absolutamente de ordem pessoal”.
Se a queixa-crime for aceita pelo STF, Aleluia será notificado para apresentar defesa, arrolar testemunhas, até a primeira audiência de instrução.
Publicada no dia 2 de junho de 2015, às 16h
