Com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal faz busca e apreensão de documentos nesta quinta-feira (25) em um dos escritórios da campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em Belo Horizonte (MG). De acordo com o jornal O Globo, também estão sendo feitas buscas em dois escritórios da Pepper em Brasília, agência que prestou serviços para o PT durante a campanha eleitoral do ano passado. A empresa ainda presta serviços ao partido.
Ainda segundo a publicação carioca, a nova fase da investigação sobre supostos vínculos de Pimentel com movimentação financeira do empresário Benedito Oliveira. A PF também pediu para fazer busca e apreensão de documentos no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas, e na residência do governador Fernando Pimentel. Mas estes pedidos foram rejeitados pelo ministro Herman Benjamin. O ministro endossou pedido da polícia de apreender documentos na casa de uma assessor do governador. Segundo fontes da investigação, além de Pimentel há outros seis alvos de investigação nesta segunda etapa.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, responsável pela defesa do governador, criticou a decisão da Polícia Federal de pedir busca no Palácio da Liberdade e na residência de Fernando Pimentel. Para o advogado, a Polícia Federal fez os pedidos sem fundamentação jurídica e sem qualquer motivo que justificasse uma medida tão drástica.
“Estão extrapolando todos os limites. Acham que vão refundar a República. Fizeram os pedidos de busca na sede do governo sem qualquer base jurídica. É estarrecedor. É ruim para a democracia. Felizmente, o ministro rejeitou o pedido”, disse Kakay, ao jornal.
Os agentes da PF atuam no Distrito Federal, em Minas e no Rio. No escritório da Pepper, no Centro do Rio, os funcionários foram dispensados de ir ao trabalho. Segundo relatos, foram apreendidos documentos e computadores. A proprietária da Pepper, Danielle Fonteles, não atendeu os contatos. Por ordem do STJ, a PF não vai divulgar informações sobre a segunda fase da operação Acrônimo.
Publicada no dia 25 de junho de 2015, às 13h
