Política

Ministro quer anular delação premiada de dono da UTC

Publicado em 27/06/2015, às 17h42   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)



O ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, disse hoje (27) que está havendo um “vazamento seletivo” das informações da delação premiada do ex-presidente da empreiteira UTC Ricardo Pessoal, assinada com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em coletiva à imprensa no início da tarde deste sábado (27), Edinho disse que a UTC é historicamente conhecida por fazer doações em campanhas eleitorais a diversos partidos e se mostrou indignado por apenas os repasses feitos ao PT serem alvo de suspeita. “As doações são públicas – estão lá no Tribunal Superior Eleitoral. A UTC não fez doações apenas para a campanha da presidente Dilma e me estranha que as suspeitas sejam colocadas apenas sobre as doações legais da presidente”, destacou.
De acordo com reportagens divulgadas ontem (26) pela revista Veja, Pessoa teria citado, na delação, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele. Segundo o delator, os repasses, alguns oficiais outros não, foram feitos por receio de perder seus negócios relativos à Petrobras. Na delação, o empreiteiro diz que repassou R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma de 2014.
Entre os que receberam dinheiro, foram citados o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Edinho, que atuou como tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014, confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões da UTC, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.
O ministro disse que está constituindo advogado para ter acesso ao documento e que, se as informações da imprensa se confirmarem, ele pedirá para ser ouvido no processo. O ministro acrescentou que pedirá a anulação dos benefícios da delação premiada, caso haja informações falsas.
Fonte: Diário de Pernambuco

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