Política

Governo romperá contrato com empresa de Félix Jr em troca do pagamento de dívida

Publicado em 12/08/2015, às 22h56   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Vencedora da licitação para a realização das obras e gerenciamento do Instituto Couto Maia, a MRM, de propriedade da família de Félix Mendonça Júnior, passou a sofrer com a falta de repasse de recursos da Desenbahia há exatos sete meses, coincidentemente ou não, desde o período em que o PDT rompeu com o governo. Apesar de Rui Costa e o presidente da legenda desconversarem, a conversa na Governadoria selou o fim do impasse.
No encontro secreto entre o gestor estadual e o presidente pedetista, um “acordo de cavalheiros” foi firmado. Félix Mendonça Júnior aceitou abrir mão do contrato da MRM com o governo do estado para a realização da obra em troca do pagamento, de vez, dos atrasados acumulados.
Com esses termos, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) vai concretizar o rompimento legal do contrato pelo atraso nas obras e uma nova empresa terá a incumbência de tocar o projeto daqui para frente.
O líder pedetista confidenciou a amigos próximos que a situação estava insustentável porque a MRM ficou completamente sufocada financeiramente sem os repasses do governo do Estado para o seguimento do projeto.
Estrutura física
Formado pelas empresas MRM e SM Gestão Hospitalar, o consórcio Couto Maia apresentou a proposta financeira para gestão condominial, no valor de R$ 42 milhões anuais, montante estimado no edital de licitação do instituto especializado em doenças infecciosas e parasitárias.
Após o rompimento do contrato, o novo consórcio vencedor ficará responsável pela construção do hospital, pela manutenção predial e dos equipamentos, pela segurança, limpeza, higienização e fornecimento de alimento para os médicos e funcionários.
O Governo do Estado da Bahia, por sua vez, será o responsável pela disponibilização da equipe médica e entre as doenças que poderão ser tratadas na nova unidade estão hanseníase, meningite e leptospirose.
O Icom vai dispor de uma área construída de 23.000,00 m² e contará com 155 leitos de internação, sendo 30 deles de UTI’s. Prestará atendimentos de urgência e emergência, além de assistência ambulatorial. A estimativa inicial de investimentos era da ordem de R$ 97,3 milhões para aquisição dos equipamentos e construção do hospital, que funcionará em Cajazeiras.
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