Política

‘Fico emocionado’, ironiza Mendes sobre PT defender fim do financiamento privado

Publicado em 18/09/2015, às 11h21   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, nesta sexta-feira (18) que o PT tinha um "plano perfeito" para se perpetuar no poder, mas foi atrapalhado pela Operação Lava Jato. O magistrado disse que o dinheiro desviado da Petrobras tinha como destino campanhas eleitorais e, combinado com o final do financiamento privado de campanha —bandeira antiga dos petistas —, faria com que o partido fosse a sigla com mais recursos em caixa. "O plano era perfeito, mas faltou combinar com os russos", afirmou. "Eles têm dinheiro para disputar eleições até 2038".

O ministro usou o mesmo argumento em seu voto, na quarta (16), contra o fim do financiamento privado de campanha. "O partido consegue captar recursos na faixa dos bilhões de reais por contratos com a Petrobras e passa a ser o defensor do fim do financiamento privado de campanha. Eu fico emocionado, me toca o coração", ironizou, na ocasião. Gilmar acabou derrotado, já que o STF aprovou o fim do instrumento por 8 votos a 3, na votação que terminou quinta (17). Para Gilmar, o esquema revelado pela Lava Jato mostrou que a Petrobras seguia "um modelo de governança corrupta", uma "cleptocracia". Ele voltou a criticar a ação que definiu o final do financiamento privado, iniciada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O processo, segundo o ministro, "não foi feliz do ponto de vista republicano", porque servia a interesses diretos do PT. Ele também voltou a criticar a OAB, que chamou de "órgão sindical de advogados". Para Gilmar, a entidade perdeu relevância nas últimas décadas.

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