Política

Paupério procura MP-BA para tentar explicar denúncias de desvios de dinheiro

Publicado em 23/09/2015, às 14h41   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Com a corda no pescoço após as denúncias de desvios de quase R$ 40 milhões da Secretaria Municipal de Educação, o secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, ainda tenta se salvar. Depois de tomar a iniciativa de procurar os vereadores de Salvador para prestar esclarecimentos, Paupério, agora, vai tentar um encontro com a promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Rita Tourinho.

O titular da Gestão pediu para que a sua secretária particular marcasse um encontro com a promotora ainda para esta quarta-feira (23). Antes, Paupério tratou de se reunir com procuradora-geral no Município, Luciana Rodrigues, na tarde de ontem, para pedir orientações jurídicas. O papo foi longo e o encontro na sede da Semge durou mais de duas horas.

Após o embasamento jurídico, Paupério pediu para a sua secretária pessoal tentar o encontro com a promotora Rita Tourinho.  A tentativa de reunião com o Ministério Público foi adiada por causa de um pedido do prefeito.

ACM Neto, que após as denúncias, se reúne com Paupério quase que diariamente, marcou mais um encontro para hoje às 15h30.

A promotora Rita Tourinho disse que ainda não foi procurada pelo secretário, mas abriu as portas do MP-BA. “A ação não é nada contra a pessoa. Queremos esclarecer todos os fatos. Ele ainda é secretário municipal. Tem todo o direito de vir ao Ministério Público. Não só ele como qualquer cidadão. Nesse momento, todos os esclarecimentos são válidos”, afirmou.

Denúncia

Na denúncia feita pelo MP-BA, 14 pessoas foram citadas na ação que surgiu com uma representação feita pela então vereadora Olívia Santana (PCdoB), que levou à promotoria reclamações de professores tratando de contratações de terceirizados na Secretaria de Educação em detrimento de concursados.

De acordo com a investigação, o pai e a madrasta de Paupério, foram diretamente beneficiados no suposto esquema de desvio de recursos públicos. Antônio Carlos Paupério e Rosineide Socorro Agatão Paupério teriam sido beneficiados com contratos irregulares no valor de R$ 2.271,719,88. Segundo o MP, o desvio chega próximo aos R$ 40 milhões.

As empesas de Alexandre Paupério foram constituídas em datas muito próximas aos convênios firmados entra a Fundação Escola de Administração (FEA) e com a Secult. Segundo o MP, as três empresas em que Paupério aparece como sócio estão “inativas e em processo de extinção”.

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